O mercado de animes em home vídeo no Brasil – parte 6

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Nem só de exemplos negativos vive a indústria dos animes em home vídeo. São poucos casos, mas algumas empresas parecem saber levar o consumidor a sério, e aos poucos, vão ganhando credibilidade no mercado, caso da Cult Classic.

A empresa segue lançando uma leva de produções antigas. “Fantomas”, “O Judoca”, “Piratas do Espaço” e “Don Dracula” garantiram um lugar na estante de muitos colecionadores e fãs saudosistas graças à Cult, que também buscou tokusatsus como “Robô Gigante” e “Vingadores do Espaço”.

Outras séries ainda aguardam pela conclusão, como “O 8º Homem” e “Super Homem do Espaço”, que tiveram o primeiro volume lançado no ano passado. Os boxes que faltam, porém, ainda não possuem data para chegar às lojas.

Entre os diferenciais que fizeram a empresa dar certo está o tratamento ao material que tem em mãos. Para começar, na apresentação. Os boxes em digistacks têm luva em alto relevo.

Foto: aglomeradonews.com.br

Além disso, existe toda uma preocupação em manter a dublagem original sempre que possível. Por exemplo, dos 52 episódios de “Fantomas”, 42 deles possuem a dublagem feita no estúdio Cine Castro, ainda na década de 1960. Nos casos em que isso não foi possível, o material foi legendado a partir do original.

Outra bola dentro foi o preço, compatível com a realidade do mercado. Para ter ideia, o box de “O 8º Homem” custa R$ 79,90, contendo os primeiros 28 episódios da série. Enquanto isso, a Playarte segue vendendo discos com três ou quatro episódios por quase 40 reais.

Outros clássicos apareceram nas mãos de outras distribuidoras, mas o resultado não foi dos melhores, caso de “Speed Racer”. A Califórnia Filmes acertou ao disponibilizar uma lata para os cases, mas errou no resto. Não bastasse as apresentações, no mínimo feias, das embalagens, a edição conta apenas com a redublagem, possui problemas com o áudio, falta de legendas... pelo menos o anime foi concluído, ao contrário de “A Princesa e o Cavaleiro”, que assim como outras séries da Focus, não terminaram!

O bom gosto passou longe desta capa de "Speed Racer"

Vale ressaltar, que o mercado é diferente quando dividimos os animes entre os hits do momento e clássicos da década de 1960/70. Enquanto os primeiros têm os lançamentos descontinuados aqui pela falta de vendas – já que, como foi comentado no último post, o pessoal prefere baixar do que abrir a carteira – o público que busca uma série antiga é diferenciado. É o mesmo caso dos tokusatsus. Um público mais velho, com um poder aquisitivo diferente, que viveu aquela época e quer ter na estante o DVD original da série.

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