As estreias da temporada de séries: comédias
O post sobre as estreias da temporadas de séries me inspirou
a buscar outros pilotos que foram ao ar recentemente. Depois de comentar os
dramas, é a vez das comédias.
Sinto que o gênero vive um momento delicado, já que muitos
criadores parecem ainda estar nos anos 80/90, com o mesmo estilo de sitcoms, as
mesmas piadas, e na maioria da vezes, o mesmo destino: o cancelamento. Hoje em
dia, poucas são as comédias que realmente valem a pena. Tanto que das que estão
no ar, a única que eu acompanho é “Brooklyn 99”, e apesar de gostar bastante,
sei que não é nenhuma obra prima.
E se julgar uma série de drama pelo piloto já é uma tarefa
injusta, com as comédias então, isso é muito pior. Muitas das grandes
produções do gênero tiveram pilotos bem mais ou menos, caso de “Friends”, sem
falar da genial “Community", que precisou de um tempo para mostrar a que veio.
Mas mesmo assim, aqueles 20 minutos iniciais já dão uma ideia se vale a pena
continuar assistindo.
Assim como nos dramas, selecionei quatro dos pilotos que eu
julguei mais interessantes. Eis o veredito:
Dr. Ken
Vamos começar com o pior. Para falar a verdade, eu não sei o que
me levou a querer assistir uma sitcom de estilo clássico, estrelada pelo Ken
Jeong. Eu gosto dele no primeiro “Se Beber Não Case”, mas acho que ele foi
parte fundamental no processo de destruição dos dois seguintes. Além disso, a
participação dele em “Community”, é, no mínimo, irritante.
Em cinco minutos, eu já tinha certeza que já havia assistido
“Dr. Ken”. Aliás, todo mundo já viu uma meia dúzia de séries iguais, só que com
outro protagonista. Na trama, Jeong tem que lidar com a rotina de médico e
chefe de família. No trabalho, convive com os maiores clichês possíveis de
personagens. Em casa, é a mesma coisa. Tanto que o tema do piloto é espionar a
filha. Sério?
A série despeja piadas, mas a maioria não rende nem um
sorriso de canto de boca, por mais que o protagonista se esforce. Mesmo assim, achei
Jeong menos irritante que o normal. Quase simpático. Mas fica nisso. Ah, mas
mesmo assim, já garantiu a temporada completa. Vai que melhora. Eu duvido.
The Grinder
Mais uma tentativa de Rob Lowe (a segunda do ano, ao lado de
“You, Me And The Apocalypse”, que ainda não estreou), e desta vez, tem tudo
para dar certo, já que “The Grinder” é engraçada, tem personagens carismáticos
e aquelas situações absurdas que eu adoro. E está com mais de 90% de aprovação
no Rotten Tomatoes!
Na história, Lowe é um ator que brilhou em uma série chamada
“The Grinder”, onde ele interpretou um advogado. Após várias temporadas e um
fim elogiada, ele não sabia o que fazer da vida. Até resolver usar nos
tribunais, o que aprendeu em cena.
Também é mais uma tentativa de Fred Savage, o Kevin Arnold
de “The Wonder Years”, que desta vez, é o irmão advogado de Lowe. O elenco
também conta com William Devane, de “24 Horas”, como o pai dos dois.
Grandfathered
Na série, Stamos é um solteirão de 50 anos, cujas únicas
preocupações são seu restaurante, o cabelo e como não ter um relacionamento.
Até o dia em que o Josh, de “Drake & Josh”, bate na porta dele, revelando
ser seu filho. E de quebra, tem uma filha. Pronto, agora ele tem que
aprender a ser pai e avô.
Mesmo com um grande número de erros na carreira e a fama de
ser um cara difícil, Stamos é um ator carismático. E a simples premissa já
garante bons momentos, como na primeira vez em que ele tem que ficar de babá da
neta. Não sei se terá futuro, mas espero que mantenha o bom ritmo.
The Muppets
Todo mundo conhece os Muppets. Dos clássicos que ajudaram a
definir a cultura pop, voltaram em 2011, graças a Jason Segel (o Marshall de
“How I Met Your Mother”). Depois tiveram mais um filme no ano passado, e agora,
uma nova série, escrita por Bill Prady, de "The Big Bang Theory” e que já está
passando no Brasil, pelo Canal Sony.
Antes mesmo de ir ao ar, a série já havia gerado polêmica,
por causa das reclamações de mães americanas contra a imoralidade (sempre
elas). Não, “The Muppets” não tem nada de imoral, mas tem um foco maior nos
adultos.
Desta vez, a turma faz a produção de um talk show apresentado
pela Miss Piggy. No primeiro episódio, Kermit (sim, é difícil parar de chamar
ele de Caco) já tem que lidar com o fim do relacionamento com a porquinha e os
ataques de estrelismo dela. Tudo em estilo documentário, nos moldes de “The
Office” ou “Modern Family”.
Não bastasse isso tudo, é um piloto muito engraçado. Cheia
de piadas, referências à indústria e participações especiais – no primeiro
episódio temos Elisabeth Banks e Imagine Dragons. Já garantiu lugar na agenda
de séries a acompanhar!
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