Welcome to Westeros (ou faça como eu e dê uma chance a Game of Thrones)
Desde 2011 (e cada vez mais a cada ano que passava), eu era marginalizado. Era só dizer que nunca havia assistido Game of Thrones, que as pessoas me olhavam como se eu estivesse admitindo um crime. A internet só falava nos Stark (na época eu só conhecia o Tony, aquele da “roupa” de ferro), em dragões e em um tal de casamento vermelho. Até eu me render. E ver que eles estavam com a razão.
Em um mês percorremos toda Westeros. Nos apaixonamos por personagens. Choramos suas mortes (e questionamos o sadismo do George R. R. Martin ao fazer isso). Aprendemos a odiar outros (e também torcemos pelo fim trágico deles). Aprendemos a falar o alto valiriano e o dothraki. Desejamos dragões e o trono de ferro. E descobrimos o sofrimento que é esperar até a próxima temporada.
Começar não foi fácil. Primeiro, porque era uma série da HBO (um dia eu explico a minha implicância com o canal que é “mais que TV”). Depois, porque esse clima de castelos e batalhas nunca me fez a cabeça. Mas eu sabia que os box com as temporadas eram lindos. E no fim do ano passado, apareceram em promoção. Com uma esposa à procura de um presente de Natal, aproveitei a deixa.
O objeto que deu início a tudo
Mas antes, surgiu a seguinte condição: “Você vai ter que assistir”. Para que as caixas pudessem ir para a minha estante, teriam que passar pelo player. E o “sacrifício” valeu a pena.
Qualidades não faltam à série. A parte técnica é impecável. Figurino e maquiagem são espetaculares, não devendo nada a qualquer produção indicada ao Oscar nestas categorias.
As locações impressionam. Seja nas geleiras da região da Muralha, em Winterfell, King’s Landing ou um simples bosque, Westeros parece existir. E tem a função de um personagem na trama.
A história surpreende. Não apenas pelas (muitas) reviravoltas, mas, principalmente, por conseguir ser dinâmica, apesar de ter um ritmo lento. Parece contraditório. E é. Em quatro temporadas ocorrem milhões de acontecimentos. E mesmo assim, a trama anda pouco.
Enquanto uns gostam das batalhas, a série me conquistou pelos personagens. É difícil não se admirar com o caráter de Ned Stark, com a inteligência de Tyrion Lannister, ou então, é impossível não odiar o pivetinho chato Joffrey Baratheon. Não existe nem bom e nem mau. Todos ali têm os motivos para defender o reino ou então lutar pelo trono, o que garante tantas reviravoltas.
Como fã de lado B’s, tenho personagens favoritos um tanto quanto diferentes da maioria. Enquanto as moças ficam com olhos brilhando ao ver o Jon Snow, e rapazes suspiram com a Daenerys Targaryen, eu admiro a coragem e liderança do Robb Stark, e a redenção de Jaime Lanninster, apesar de alguns desvios no caminho (culpa do roteiro, que modificou o livro).
Essas linhas pouco conseguem expressar o quanto a série conquistou a Angelica e eu. E felizmente, a estreia pela quinta temporada chegou ao fim. Para o primeiro episódio, chamado “The Wars to Come”, a HBO liberou o sinal para todas as operadoras. Ou seja, domingo, às 22h, todo mundo vai estar ligadinho na frente da TV.
Valar Morghulis!
0 comentários: