O primeiro evento geek

17:59 Unknown 0 Comments



Ser nerd está na moda (!?), mas há uns 15 anos não era muito legal, principalmente porque existia uma sensação de isolamento. Para encontrar outros com os mesmos gostos, só pelo Orkut. Animes, RPGs para o PSone e o cardgame do “Yu-Gi-Oh!” eram prazeres solitários, já que com 13, 14 anos, meus amigos tinham outros interesses. Só grandes centros recebiam eventos do tipo, como o Anime Friends, que nada mais era do que um sonho distante.

O tempo passou (e eu sofri calado) e me distanciei totalmente deste mundo (na mesma medida em que ele cresceu). Dos filmes de super-heróis, peguei uma ou outra reprise de “Dragon Ball” com a esposa (quando ela finalmente conheceu – e até gostou do – Goku) até comprar o meu primeiro mangá em uns 15 anos, no caso, “One Punch Man”.

Neste período, os eventos de cultura pop tornaram-se mais frequentes, tanto que o Tanuki World Fest, em Criciúma, cresce a cada ano, mas por algum motivo que nem eu sei, nunca conferi de perto. Até que fui convidado para ir ao Capão Geek Fest, realizado na cidade onde eu cresci sem ter com quem dividir os animes, RPGs e cardgames. E para minha alegria, a história está totalmente diferente.


O evento, que chegou à terceira edição, foi realizado em todo o segundo andar do Shopping Lynemar, e pelo menos até o meio da tarde, já havia reunido mais de 500 pessoas de todas as tribos. Tinha a galera do cosplay, dos animes, dos eSports, do cardgame e até aqueles que só queriam ver que loucura era aquela. E tenho certeza que todos eles se divertiram bastante.

Além dos tradicionais estandes de venda (onde eu comprei uma camiseta do "Dragon Ball" e namorei um funko do Goku Super Saiyajin), algumas salas temáticas garantiam a alma nerd do evento. O espaço do Conselho Jedi estava sempre cheio, com gente fazendo fila para tirar foto vestido como personagem de “Star Wars” (com direito a sabre de luz e tudo).

A sala de “League of Legends” também estava movimentada, ainda mais por ter sido no dia seguinte da decisão do campeonato nacional. Mais afastado, mas excelente, estava o espaço dos Herdeiros da Sonserina, obviamente dedicado a “Harry Potter”. A menina responsável pelo lugar era tão gente boa que ficamos um tempão conversando com ela sobre a saga. Detalhe para o amigo Cinemito, que ameaçou comprar os bottons, mas ficou só na vontade. Aliás, surpreendentemente, ele conseguiu andar pelo evento sem ser assediado.


“A ideia era fazer algo para o pessoal aproveitar. Se não tivesse esse evento, a maior parte das pessoas estaria em casa vendo TV. Era uma demanda que tinha, só faltava esse start. O pessoal pegar, acreditar e fazer”, revela o organizador do evento e proprietário da loja Dragontales, Leonardo Ferreira.

Uma das coisas que eu achei mais bacana no evento foi apostar nas pessoas da cidade e região. Enquanto a maioria investe para trazer nomes de fora (como youtubers), o foco foi em valorizar os talentos dali. De escritores até cosplayer profissional.

No momento em que escrevo, Danielle Vedovelli, de 26 anos, tem 572 mil curtidas na página do Facebook. Começou com um cosplay da Tifa, do “Final Fantasy VII”, do PSone, e hoje viaja o país participando de eventos.. “É muito legal ver que as pessoas reconhecem o personagem, pedem foto, é muito gratificante, uma parte boa do trabalho”, conta Danielle, que se prepara para ir ao México, Chile e Panamá neste ano.


Fiquei cerca de uma hora e meia lá, mas se pudesse, seria mais tempo. De sugestão, fica apenas a ideia para manter uma atração central. Uma espécie de “palco principal”. Palestras, shows, qualquer coisa para reunir o pessoal.

Em geral, tenho só elogios, não apenas para a organização, que soube respeitar as limitações do evento, mas mesmo assim parece ter feito o máximo para caprichar, e também aos próprios participantes. Tive a oportunidade de conversar com pessoas muito bacanas.


No mais, já fico no aguardo pela próxima edição, que será realizada em dezembro!

Confira outras fotos do evento:


























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Voltando aos trabalhos

18:43 Unknown 0 Comments



Daí quando eu me dou por conta, passaram-se 74 dias desde a última postagem do blog. Nunca tive grandes acessos (muito longe disso), mas gosto de pensar que existem pessoas que gostam desta página, que entram de vez em quando. Até por isso, deixo uma explicação.

Nesse tempo, voltei a atenção para diversos projetos dentro do jornalismo, no jornal em que trabalho. Claro que durante esse período continuei aproveitando o (pouco) tempo livre para as coisas que eu mais gosto. Assisti (e falei muito com os amigos sobre) "Game of Thrones", vi séries com a patroa, fui uma criança no meio de tantas outras em "Procurando Dory" e perdi muitos minutos (e lutas) com "UFC 2". Só não joguei "Pokémon GO". Ainda.

Entre esses projetos, destaco um que foi um filho. Por semanas, entrei na história dos 25 anos da conquista da Copa do Brasil pelo Criciúma. Um time pequeno, do interior de Santa Catarina, que bateu (com soberania) os maiores do país. E quero compartilhar com vocês!


Nesta semana voltamos com a programação normal do blog! :)


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Capitão América: Guerra Civil - Review

15:42 Unknown 0 Comments


[REVIEW SEM SPOILERS]



Em 2008, “Homem de Ferro” criou uma nova fórmula para os filmes de super-heróis e deu o pontapé para todo um universo ao longo de outros 11 longas. Oito anos depois, o cenário já está mais do que consolidado. Temos mais de uma dúzia de personagens que caminharam na mesma direção. Até que a “Guerra Civil” quebra a estrutura criada e abre um leque de novas possibilidades para as produções da Marvel Studios.

Ainda é cedo para afirmar que “Capitão América: Guerra Civil” é o melhor filme da Marvel. Mas a primeira impressão é que ele está no mesmo nível de “Soldado Invernal” e “Guardiões da Galáxia”. Tem ação de alto nível e é divertido. Muito divertido. Mas sem ser bobo, como vinha acontecendo nos longas anteriores (que tinham um humor à la “Praça é Nossa”).


Apesar de fazer parte da franquia “Capitão América”, ele não funciona sozinho, já que é praticamente um “Vingadores 2.5”.Faz ligações com os filmes anteriores do Universo Cinematográfico Marvel como nenhum outro, e por isso, deixa de ser destinado também a um público casual (como é comum nos blockbusters). Tanto que minha esposa não teria entendido quase nada se não tivesse assistido “O Soldado Invernal” e “A Era de Ultron” dias antes.

É um filme especial, pois reúne personagens que amamos, e coloca eles na porrada. E, como eu falo no vídeo do topo, faz com que você torça por todos. É difícil escolher entre #TeamStark ou #TeamCap, já que ambos têm razão em suas convicções. Admito que parando para ouvir a voz da razão (muito bem representada nos monólogos do Visão), eu fico do lado do Homem de Ferro. Mas no fim, eu estou com o Capitão!


Não é nem necessário assistir ao filme para saber que o foco da trama está no Capitão América e no Homem de Ferro, mas o restante dos personagens ganha um bom destaque, mesmo com pouco tempo em cena, como é o caso do Homem-Formiga (responsável por uma das melhores sequências de ação/comédia dos últimos tempos).

Wanda e Visão têm poucas cenas, mas já é o suficiente para mostrar uma intimidade que cresce, além de que estão acima dos outros no quesito poder – e separá-los na batalha é mais do que necessário para dar equilíbrio. A Viúva Negra e o Gavião Arqueiro, únicos “humanos” da equipe, continuam em crescimento, nos moldes do que já aconteceu em “A Era de Ultron”. Quem também ganha mais espaço é o Falcão, deixando de ser o alívio cômico para ser o suporte do Capitão América (mesmo caso do Máquina de Combate, no caso do Stark).

Mas além do quebra pau entre os heróis, a raça queria ver o Pantera Negra, e principalmente, o Homem-Aranha. E as expectativas foram alcançadas.


O rei de Wakanda é carismático sem a armadura (méritos ao Chadwick Boseman, que não economiza no sotaque africano) e letal com ela. O traje é ameaçador, ao mesmo tempo que é estiloso. O mais interessante no personagem é a falta de lado. Ele é #TeamBlackPanther, pois tem um objetivo pessoal bem específico, preferindo ficar quase alheio ao que acontece com os outros heróis.

Já o cabeça de teia rouba todas as cenas em que aparece. O personagem de Tom Holland é um moleque e age assim em todos os momentos, captando toda a essência do personagem, que muitas vezes foi colocada de lado nos filmes com Tobey Maguire e Andrew Garfield. E por já sabermos quem ele é (e sem a necessidade de ver a mais do que manjada cena da picada de aranha), são grandes as expectativas para o filme solo.


É um filme que merece ser visto e revisto. E gostando ou não, ele mudou de vez todo o Universo Cinematográfico Marvel.

PS: Chegar ao cinema sem saber o que esperar fez com que a experiência ficasse ainda melhor. No que diz respeito ao conhecimento prévio dos trailers, a ignorância é uma dádiva.

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A volta da maior série da atualidade

14:44 Unknown 0 Comments



A chegada do frio (pelo menos no Sul do país) mostra que o inverno está chegando. E com ele, mais uma temporada da principal série da HBO. Então nada melhor que acabar este hiato não planejado do blog com o tema que abriu ele, lá no ano passado: “Game of Thrones”.

No fim de semana, era o principal assunto. Quanto mais perto chegava das 22h, horário da estreia da sexta temporada, mais e mais gente falava sobre. Dos especiais dos sites, dos vídeos do YouTube (além dos milhares de comentários, a NFL chegou a fazer um draft com os personagens), chegando aos memes (até mesmo o Ministério da Educação aproveitou o retorno da série para divulgar o Enem).

Até o MEC resolveu entrar na brincadeira

E devo destacar: a HBO soube aproveitar o hype. Já preparava o terreno há semanas, com exibição quase diária dos episódios, em sessões temáticas, como as principais mortes. E como de costume, abriu o sinal para qualquer assinante de TV por assinatura, mostrando que por mais que você possa baixar no outro dia, nada se compara a experiência de assistir “ao vivo”.

No meio de um tema medieval, temos uma novela. Um folhetim clássico, que consegue unir espectadores de todos os estilos. Não precisa ir longe para comprovar. É só ver o pessoal do trabalho, da turma, da escola. A série tem fãs de todas as tribos. E todos estavam ansiosos por mais dez episódios. Pensar que até o líder do mundo livre não se aguentou e pediu para assistir com antecedência.

Na tela, como já estamos acostumados, pouca coisa aconteceu. Da mesma maneira que ocorreu nos cinco primeiros anos, a série segue em ritmo lento. Mas sempre interessante. Instigante.


Nos 315 dias que separaram “Mother's Mercy”, último episódio da quinta temporada, e “The Red Woman”, a estreia do sexto ano, a grande pergunta era: o que aconteceu com Jon Snow? Ele segue morto. Mas já tivemos algumas pistas valiosas quanto a uma possível ressurreição, como na cena em que Ser Davos diz que Melisandre é "capaz de fazer coisas incríveis". A própria mulher de vermelho fez questão de deixar a audiência de queixo caído com a cena final, ao mostrar que tem alguns anos a mais do que aparenta.

Em geral, o episódio trouxe apenas as consequências dos acontecimentos de “Mother's Mercy”. Ação mesmo, somente em Dorne, onde Ellaria Sand e suas filhas fazem um massacre para tomar o lugar. Justamente o arco mais fraco da temporada passada. Espero que com o prenúncio de uma guerra contra King's Landing, a história mude.

“Game of Thrones” pode não ser a melhor série no ar, já que o gosto é totalmente subjetivo. Mas é necessário encarar a realidade: esta é a maior produção da atualidade. E as expectativas para o sexto ano são grandes.


“Nós acreditamos que, em termos de roteiro, essa talvez seja nossa temporada mais forte até agora. Os episódios saíram melhor do que esperávamos. Nós sempre fomos relutantes em dizer ‘a melhor temporada já feita’, porque muito disso está nos olhos de quem vê. E Dan e eu somos tão próximos da série que é impossível ser imparcial. Mas cheguei à conclusão – assistindo todos os episódios juntos – que esta é a melhor temporada que já fizemos. Também é a aquela da qual eu me orgulho mais, porque foi a mais difícil”, garantiu o showrunner David Benioff.

E pelo menos até o dia 26 de junho, a alegria (e tristeza) das noites de domingo está garantida!

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Cinemito comenta: Batman vs Superman – A Origem da Justiça

18:17 Unknown 0 Comments



Três anos se passaram desde o anúncio do filme e finalmente podemos assistir o tão esperado combate do Filho de Krypton contra o Morcego de Gotham. Em um ano cheio de grandes lançamentos, "Batman vs Superman" chegou como um dos principais candidatos a ser o favorito do público. Será que conseguiu?

Nos últimos dias começaram a sair as críticas do filme e admito que fiquei um pouco apreensivo, pois elas não estavam sendo muito positivas. Algumas reclamações faziam sentido, já que envolviam roteiro, montagem e até trilha sonora. Até aí tudo bem. Mas aí começaram a surgir coisas como “não tem humor” ou “grande, mas não divertido” e percebi que podia ter muita besteira nesses comentários. E eu tinha razão. No começo realmente achei o filme um pouco sem ritmo, as cenas iniciais pareciam um pouco jogadas, mas logo as coisas tomaram um rumo. Para ser mais preciso, achei que o filme começou a se acertar naquela cena mostrada nos trailers, em que Clark e Bruce se conhecem. 


Um bom tempo é usado no desenvolvimento dos personagens, principalmente do Batman, o que para alguns pode tornar o filme “lento”, mas reclamar disso seria uma bobagem (embora as repetitivas sequências de sonhos seja algo que me incomodou). Mas não existe bobagem maior do que criticar a “falta de humor”. Quem faz isso aparentemente nunca viu um filme do Batman, ainda está no clima do Deadpool ou acha que todo filme de herói tem que seguir o padrão Marvel.

Enfim, em relação ao elenco, o pessoal de "O Homem de Aço" continua mandando bem. Henry Cavill mostra um Superman disposto a lidar com as consequências da luta com Zod, sabe que não é unanimidade e mesmo assim faz de tudo para salvar as pessoas, principalmente sua mãe e Lois. A repórter do Planeta Diário ganha ainda mais destaque, participando dos principais momentos do filme, e tudo indica que ela vai ser muito importante no futuro.


Do elenco novo, o Lex de Jesse Eisenberg não me convenceu. Achei caricato demais, destoa do resto dos personagens e em nenhum momento consegui levar ele muito à sério. Aparentemente ele tem grandes planos, então os próximos filmes podem trazer uma evolução para o personagem.
Já a Mulher Maravilha é incrível. Logicamente, ela não tem tanto tempo de tela quando os dois principais, então os minutos não são gastos para contar a origem dela. E isso é extremamente positivo, pois ela vai lá e mostra logo para o que veio, nos deixando empolgados para a aventura solo que estreia em junho do ano que vem.

Se alguém ainda tinha dúvidas sobre Ben Affleck, pode ficar tranquilo. Este é um Batman diferente dos outros. Depois de vinte anos em Gotham, ele está cansado. Já não tem mais paciência para os bandidos que aparecem no seu caminho e não pensa duas vezes caso tenha que matar um deles. Então era óbvio que ele iria fazer algo em relação ao miserável que trouxe a guerra até nós. A luta entre os dois é ótima, vai fazer a felicidade de todo fã. Só gostaria que tivesse sido mais longa, pois é a melhor cena do filme.


O filme com certeza não é perfeito, não é o melhor filme de super-herói de todos os tempos, mas nem de longe é o desastre que parte da crítica fez parecer. Tem cenas descartáveis, e outras épicas, sem contar a participação do pessoal da Liga da Justiça. A DC está começando agora o seu universo no cinema, apostando em um tom diferente da concorrência. 

Pode ir assistir sem medo. Esqueça os filmes antigos do Superman, esqueça o Batman do Nolan (que é produtor de "Batman vs Superman"), esqueça os filmes da Marvel, esqueça os críticos. Você pode gostar do filme ou não. Mas se não gostar, que pelo menos seja pela sua própria opinião.


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O DVD argentino de Evangelion 3.33

11:02 Unknown 0 Comments



"Evangelion" é uma das minhas obras favoritas. Não apenas entre animes, mas contando tudo o que já foi lançado. Eu era um moleque quando assisti a série clássica e o filme "The End of Evangelion". A cabeça quase explodiu com aquilo.

Quando eu achei que não seria possível repetir a dose, Hideaki Anno, o criador, resolve recontar a série através de quatro filmes. Parecia mais um caça-níquel, mas logo no segundo longa, toda a história foi alterada, aumentando significativamente o número de mistérios (que já era enorme).

Está nos planos um post maior sobre a série/filmes. Mas neste momento, destaco a edição do terceiro longa do projeto "Rebuild of Evangelion", o "You Can (Not) Redo", lançada em DVD na Argentina. Enquanto nós seguimos torcendo para que a Paris (que trouxe os dois primeiros) aposte neste, os nossos hermanos já contam com isso faz tempo.

Mais detalhes no vídeo do topo!   









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Os trailers, a experiência do cinema e o Homem-Aranha

15:19 Unknown 0 Comments



A quinta-feira, 10 de março, foi marcante para os fãs de quadrinhos e cultura pop. O novo trailer de “Capitão América: Guerra Civil” já seria o assunto do dia se tivesse acabado no momento em que surge a logo do filme. Seria. Mas na sequência, o Homem de Ferro chamou um tal pirralho e o resto todo mundo já sabe, já que a cena quase quebrou a internet.

Eu não vi o trailer. Assim como não vi nenhum dos trailers anteriores. Decisão que teve início após assistir “Vingadores: A Era de Ultron” e perceber que não havia nenhuma surpresa. Tudo de importante já havia sido mostrado. Mas a gota d’água ocorreu com “O Exterminador do Futuro: Gênesis”, já que a prévia entregava a grande reviravolta do filme.

O trailer tem o papel de instigar, convencer a assistir o filme. Não de mostrar tudo o que vai acontecer nele. Não são poucos os que entregam cenas cruciais para a história. Às vezes, até o final está lá. Sem falar nas comédias, cujas melhores piadas já foram apresentadas na prévia, deixando o que para o produto final?

Lembro que fazia questão de chegar cedo ao cinema para não perder os trailers. Hábito que foi quebrado pela internet. A mesma rede que fez com que as informações circulassem cada vez mais rápido, mais rápido e que criou essa guerra pela geração de buzz. “Se ‘Batman vs Superman’ vai agitar com a venda dos ingressos, vamos pegar o foco com o Homem-Aranha”, pensaram eles. E infelizmente, estão certos. O resultado está aí.

Mas não seria bem mais legal só ver esta cena na tela grande, assim como foi a tão esperada aparição de Luke no novo “Star Wars”? Dane-se a experiência de quem está assistindo. O negócio é usar todas as armas para levar o máximo de pessoas ao cinema (de preferência, pagando o ingresso mais caro do 3D).

“A Era de Ultron” fez 1,4 bilhão de doletas em bilheteria. Muito disso, graças ao buzz gerado naqueles vários teasers e trailers que entregaram tudo. Não é um filme perfeito, longe disso (apesar de que eu ainda prefiro ele ao primeiro), mas a experiência no cinema certamente seria muito superior se não fosse o excesso de conhecimento prévio. 

Hulkbuster? Luta? Relaxa, o trailer já mostrou tudo!

Não desisti da minha convicção. Como comentei acima, não assisti ao trailer. Mas vi a cena do Aranha. Repetidas vezes. A única maneira de não ser consumido pelo imediatismo das informações é ser congelado. Nos sites especializados, é óbvio que este vai ser o assunto. Mas no Facebook (onde os vídeos começam sem dar play), se você está em algum grupo, ligado de alguma maneira a cultura pop, vai acabar vendo (até porque todo mundo quer ser o primeiro a dar o furo). Se algum amigo seu gosta, ele vai postar e você vai acabar vendo. No Twitter, você vai acabar vendo. Até na televisão deve ter passado em algum “Leitura Dinâmica” da vida...

Como escreveu o ótimo Thiago Cardim no Judão, eu também não queria ver o Homem-Aranha no trailer. Mais que isso, eu não queria ver o trailer. A experiência da magia do cinema respira por aparelhos. Assim que encontrarem uma maneira de gerar ainda mais dinheiro, ela morre de vez. 

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5 grandes filmes que não ganharam o Oscar

11:40 Unknown 0 Comments



Hoje acontece a cerimônia do Oscar e, como sabemos, nem sempre ganha o melhor. Nessa lista vamos falar de alguns filmes que concorreram, mas não venceram a principal categoria. Sabemos que há muito tempo ocorrem injustiças (“Cidadão Kane”, por exemplo), mas resolvemos falar de casos mais recentes. Então, vamos à lista:

O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan, de Steven Spielberg)


O Oscar de 1999 foi bizarro. Tivemos que aturar a Gwyneth Paltrow vencendo como Melhor Atriz no lugar da Fernanda Montenegro e, principalmente, “Shakespeare Apaixonado” ganhando de “O Resgate do Soldado Ryan”. Não que o filme do Shakespeare seja horrível, mas aí pra ganhar de um dos melhores filmes do Spielberg (que recebeu a estatueta de diretor) já é demais. Errou feio, Academia.

À Espera de Um Milagre (The Green Mile, de Frank Darabont)


Eu não suporto “Beleza Americana”. Mesmo. Não entendo até hoje como ganhou tantos Oscars, ainda mais num ano que tinha “O Sexto Sentido”, “O Informante” e “À Espera de Um Milagre”. Esse filmaço com Tom Hanks, baseado em livro do Stephen King, concorria em quatro categorias. Inexplicavelmente, não levou em nenhuma. 

A Origem (Inception, de Christopher Nolan)


No Oscar de 2011, “A Origem” pegou uma concorrência pesada. Disputou contra ótimos filmes como “A Rede Social”, “Toy Story 3”, “Inverno da Alma”, “Cisne Negro”... E a Academia acabou premiando “O Discurso do Rei”, um filme correto, mas que se apagava perto dos outros indicados.
A produção de Christopher Nolan terminou a cerimônia com quatro prêmios (fotografia, edição de som, mixagem de som e efeitos visuais). Mas Melhor Filme que é bom, nada.

Ela (Her, de Spike Jonze)


Esse é um filme que a gente fica desconfiado lendo a sinopse. “O cara se apaixona por um sistema operacional”. Mas é genial, um dos grandes filmes lançados nos últimos anos, com Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson incríveis (e um Chris Pratt pré-Guardiões da Galáxia).
Perdeu para “12 Anos de Escravidão”, e venceu como Melhor Roteiro Original como prêmio de consolação. 

Whiplash - Em Busca da Perfeição (Whiplash, de Damien Chazelle)


É o caso mais recente da lista. Perdeu ano passado para o superestimado “Birdman” (e o diretor Iñárritu pelo jeito vai conseguir várias estatuetas esse ano com outro filme superestimado).
Whiplash” foi feito a partir de um curta metragem (que não tinha Miles Teller e era basicamente uma das cenas do filme), ganhou três Oscars (ator coadjuvante para J.K. Simmons, montagem e mixagem de som) mas merecia muito mais.

Confira também

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