Capitão América: Guerra Civil - Review

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[REVIEW SEM SPOILERS]



Em 2008, “Homem de Ferro” criou uma nova fórmula para os filmes de super-heróis e deu o pontapé para todo um universo ao longo de outros 11 longas. Oito anos depois, o cenário já está mais do que consolidado. Temos mais de uma dúzia de personagens que caminharam na mesma direção. Até que a “Guerra Civil” quebra a estrutura criada e abre um leque de novas possibilidades para as produções da Marvel Studios.

Ainda é cedo para afirmar que “Capitão América: Guerra Civil” é o melhor filme da Marvel. Mas a primeira impressão é que ele está no mesmo nível de “Soldado Invernal” e “Guardiões da Galáxia”. Tem ação de alto nível e é divertido. Muito divertido. Mas sem ser bobo, como vinha acontecendo nos longas anteriores (que tinham um humor à la “Praça é Nossa”).


Apesar de fazer parte da franquia “Capitão América”, ele não funciona sozinho, já que é praticamente um “Vingadores 2.5”.Faz ligações com os filmes anteriores do Universo Cinematográfico Marvel como nenhum outro, e por isso, deixa de ser destinado também a um público casual (como é comum nos blockbusters). Tanto que minha esposa não teria entendido quase nada se não tivesse assistido “O Soldado Invernal” e “A Era de Ultron” dias antes.

É um filme especial, pois reúne personagens que amamos, e coloca eles na porrada. E, como eu falo no vídeo do topo, faz com que você torça por todos. É difícil escolher entre #TeamStark ou #TeamCap, já que ambos têm razão em suas convicções. Admito que parando para ouvir a voz da razão (muito bem representada nos monólogos do Visão), eu fico do lado do Homem de Ferro. Mas no fim, eu estou com o Capitão!


Não é nem necessário assistir ao filme para saber que o foco da trama está no Capitão América e no Homem de Ferro, mas o restante dos personagens ganha um bom destaque, mesmo com pouco tempo em cena, como é o caso do Homem-Formiga (responsável por uma das melhores sequências de ação/comédia dos últimos tempos).

Wanda e Visão têm poucas cenas, mas já é o suficiente para mostrar uma intimidade que cresce, além de que estão acima dos outros no quesito poder – e separá-los na batalha é mais do que necessário para dar equilíbrio. A Viúva Negra e o Gavião Arqueiro, únicos “humanos” da equipe, continuam em crescimento, nos moldes do que já aconteceu em “A Era de Ultron”. Quem também ganha mais espaço é o Falcão, deixando de ser o alívio cômico para ser o suporte do Capitão América (mesmo caso do Máquina de Combate, no caso do Stark).

Mas além do quebra pau entre os heróis, a raça queria ver o Pantera Negra, e principalmente, o Homem-Aranha. E as expectativas foram alcançadas.


O rei de Wakanda é carismático sem a armadura (méritos ao Chadwick Boseman, que não economiza no sotaque africano) e letal com ela. O traje é ameaçador, ao mesmo tempo que é estiloso. O mais interessante no personagem é a falta de lado. Ele é #TeamBlackPanther, pois tem um objetivo pessoal bem específico, preferindo ficar quase alheio ao que acontece com os outros heróis.

Já o cabeça de teia rouba todas as cenas em que aparece. O personagem de Tom Holland é um moleque e age assim em todos os momentos, captando toda a essência do personagem, que muitas vezes foi colocada de lado nos filmes com Tobey Maguire e Andrew Garfield. E por já sabermos quem ele é (e sem a necessidade de ver a mais do que manjada cena da picada de aranha), são grandes as expectativas para o filme solo.


É um filme que merece ser visto e revisto. E gostando ou não, ele mudou de vez todo o Universo Cinematográfico Marvel.

PS: Chegar ao cinema sem saber o que esperar fez com que a experiência ficasse ainda melhor. No que diz respeito ao conhecimento prévio dos trailers, a ignorância é uma dádiva.

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A volta da maior série da atualidade

14:44 Unknown 0 Comments



A chegada do frio (pelo menos no Sul do país) mostra que o inverno está chegando. E com ele, mais uma temporada da principal série da HBO. Então nada melhor que acabar este hiato não planejado do blog com o tema que abriu ele, lá no ano passado: “Game of Thrones”.

No fim de semana, era o principal assunto. Quanto mais perto chegava das 22h, horário da estreia da sexta temporada, mais e mais gente falava sobre. Dos especiais dos sites, dos vídeos do YouTube (além dos milhares de comentários, a NFL chegou a fazer um draft com os personagens), chegando aos memes (até mesmo o Ministério da Educação aproveitou o retorno da série para divulgar o Enem).

Até o MEC resolveu entrar na brincadeira

E devo destacar: a HBO soube aproveitar o hype. Já preparava o terreno há semanas, com exibição quase diária dos episódios, em sessões temáticas, como as principais mortes. E como de costume, abriu o sinal para qualquer assinante de TV por assinatura, mostrando que por mais que você possa baixar no outro dia, nada se compara a experiência de assistir “ao vivo”.

No meio de um tema medieval, temos uma novela. Um folhetim clássico, que consegue unir espectadores de todos os estilos. Não precisa ir longe para comprovar. É só ver o pessoal do trabalho, da turma, da escola. A série tem fãs de todas as tribos. E todos estavam ansiosos por mais dez episódios. Pensar que até o líder do mundo livre não se aguentou e pediu para assistir com antecedência.

Na tela, como já estamos acostumados, pouca coisa aconteceu. Da mesma maneira que ocorreu nos cinco primeiros anos, a série segue em ritmo lento. Mas sempre interessante. Instigante.


Nos 315 dias que separaram “Mother's Mercy”, último episódio da quinta temporada, e “The Red Woman”, a estreia do sexto ano, a grande pergunta era: o que aconteceu com Jon Snow? Ele segue morto. Mas já tivemos algumas pistas valiosas quanto a uma possível ressurreição, como na cena em que Ser Davos diz que Melisandre é "capaz de fazer coisas incríveis". A própria mulher de vermelho fez questão de deixar a audiência de queixo caído com a cena final, ao mostrar que tem alguns anos a mais do que aparenta.

Em geral, o episódio trouxe apenas as consequências dos acontecimentos de “Mother's Mercy”. Ação mesmo, somente em Dorne, onde Ellaria Sand e suas filhas fazem um massacre para tomar o lugar. Justamente o arco mais fraco da temporada passada. Espero que com o prenúncio de uma guerra contra King's Landing, a história mude.

“Game of Thrones” pode não ser a melhor série no ar, já que o gosto é totalmente subjetivo. Mas é necessário encarar a realidade: esta é a maior produção da atualidade. E as expectativas para o sexto ano são grandes.


“Nós acreditamos que, em termos de roteiro, essa talvez seja nossa temporada mais forte até agora. Os episódios saíram melhor do que esperávamos. Nós sempre fomos relutantes em dizer ‘a melhor temporada já feita’, porque muito disso está nos olhos de quem vê. E Dan e eu somos tão próximos da série que é impossível ser imparcial. Mas cheguei à conclusão – assistindo todos os episódios juntos – que esta é a melhor temporada que já fizemos. Também é a aquela da qual eu me orgulho mais, porque foi a mais difícil”, garantiu o showrunner David Benioff.

E pelo menos até o dia 26 de junho, a alegria (e tristeza) das noites de domingo está garantida!

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