A trilogia de Samurai X

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Em uma época marcada por kame-hame-há’s, meteoros e reigun’s, um mangaká entrou para a história do gênero de ação ao realizar uma obra que misturava realidade e ficção, personagens carismáticos e ótimas lutas. Criação máxima de Nobuhiro Watsuki, “Rurouni Kenshin”, ou “Samurai X”, como ficou conhecido no Brasil, é um dos principais títulos já lançados na Terra do Sol Nascente. 

O mangá, lançado entre 1994 e 1999, usa as batalhas como pano de fundo para dar uma aula de história sobre o Japão da Era Meiji (que encerrou o sistema feudal e modernizou o país, transformando-o em uma potência econômica) e apresentar valores como redenção, que é o que norteia o protagonista Kenshin Himura, um ex-assassino a serviço dos revolucionários, que busca se redimir dos pecados. Para isso, troca a espada por uma com a lâmina invertida, ou seja, que não mata. 

O anime não demorou, sendo exibido entre 1996 e 1998, repetindo o mesmo sucesso do mangá. Depois, veio um filme animado para os cinemas, OVAs (Original Video Animation), jogos de vídeo game... E 18 anos depois do lançamento original, a mais surpreendente das adaptações: um live action nas telonas. 

A adaptação 


A primeira atitude necessária para apreciar a trilogia é abrir a mente. É preciso lembrar que essa é uma adaptação da obra de Watsuki, então não seja o fã chato que reclama por mudanças na direção da história. Mesmo assim, é difícil não comparar com o material original. 

O roteiro de Keishi Otomo e Kiyomi Fujii, que teve colaboração do próprio Watsuki, teve que modificar boa parte da primeira parte da história original (“sagas” de Jin-E e da Oniwabanchu). A adaptação pode desagradar os puristas, mas funciona dentro do filme, principalmente se o expectador não conhece a obra original. 

A grande falha, porém, fica com a falta de profundidade de personagens essenciais na trama, como Sanosuke e Yahiko. Sem a origem (e os motivos para odiar Kenshin), o primeiro é renegado a um encrenqueiro bêbado sem qualquer carisma. O segundo teve uma mudança gigante de personalidade, deixando de ser o menino hiperativo, para virar um coadjuvante de meia dúzia de falas. Hajime Saito, que teve a participação antecipada, também foi subaproveitado. 

Mas uma coisa não foi alterada. Kenshin Himura segue o dono da história, graças não apenas ao roteiro, mas também a Takeru Sato. O ator se transformou no andarilho, não apenas na aparência (o visual é o mesmo da versão original sem parecer ridículo em nenhum momento), mas nos trejeitos, nos olhares. Ele demonstra toda a angústia do espadachim que vive em expiação pelos crimes que cometeu. 

O clímax


O primeiro filme funciona com um experimento. Que deu certo. E sempre que se define por uma trilogia, o que vem depois tende a ser maior. E é exatamente o que acontece com as partes dois e três, que adaptam a Saga de Shishio, a principal de “Rurouni Kenshin” e uma das mais importantes da história dos mangás/animes. 

Com os personagens apresentados, o roteiro consegue ser bem mais consistente ao apresentar o antagonista e seu plano de dominação do Japão. Para quem não conhece, Shishio é um ex-assassino que ao final da guerra, foi atacado e queimado vivo, tendo sobrevivido por um milagre. Enquanto Kenshin busca redenção, seu nêmesis quer vingança. 

Shishio é o vilão perfeito. É forte (mais que o protagonista), inteligente, assustador. Tem visual, personalidade e argumentos, que por mais inaceitáveis que sejam, são pertinentes. E o filme sabe captar a essência do personagem, mostrando-o maior do que todos. Quase uma divindade. É tão poderoso que deixa o espectador em dúvida se Kenshin pode derrotá-lo. 

Além de Shishio, as partes dois e três trazem outros personagens queridos do público, como Soujirou Seta, o pupilo do vilão, que também representa uma ameaça, e Seijuurou Hiko, o mestre de Kenshin. O problema, mais uma vez, é a falta de profundidade deles. Principalmente no caso do reencontro entre aluno e professor. 

O roteiro poderia destacar menos os momentos de contemplação (comuns na estética asiática, principalmente japonesa) e focar a relação entre os dois. Quem assiste sabe que Hiko e Kenshin têm uma história, e quer saber qual é ela. Além do mais, o terceiro filme gasta bastante tempo com o ensinamento da técnica mais forte do estilo Hiten Mitsurugi, o Amakakeru Ryu no Hirameki, mas o protagonista não aprende com treino, e sim, com uma epifania (!?). 

Já os outros membros da organização de Shishio, o Juppongatana, parecem estar na história mais como fan service, como, por exemplo, a luta entre Sanosuke e Anji. Levando em consideração apenas aquela cena, era mais uma batalha entre caras fortes, mas o fã certamente abriu um sorriso. Apenas Cho (com um visual extremamente caricato) tem um bom tempo de tela, já que a luta com Kenshin é, dentro do que a adaptação permite, bastante fiel ao material original. 

Obviamente não é possível adaptar uma saga de 35 episódios em pouco mais de quatro horas. É necessário fazer mudanças, e o roteiro (tirando o primeiro terço da último filme) sabe fazer isso de maneira bastante satisfatória. 

Apenas um núcleo deixa realmente a desejar (e muito). Aoshi, um dos personagens mais importantes da trama já havia sido ignorado no primeiro filme, e foi completamente desfigurado nos dois seguintes. Sem a participação dele no caso da Oniwabanchu, fica difícil entender as motivações do personagem. E estas foram totalmente ignoradas. O ninja é apenas uma figura genérica movida pelo desejo de ser mais forte que Kenshin. Nada mais. Não acrescenta nada para quem assiste só o filme e nem funciona como fan service para os demais. 

O live-action 


Como em todo mangá do gênero shonen, “Rurouni Kenshin” também tem como destaque as batalhas. Incríveis nas páginas, no anime, e felizmente, também na versão de carne e osso. 
As lutas são intensas e bem coreografadas, garantindo a satisfação de quem não conhece a obra original, e principalmente, dos fãs antigos. Destacam-se os confrontos entre Kenshin e Soujirou – incríveis – e a batalha final contra Shishio, que respeita o mangá/anime, mas traz novidades, muito bem vindas. 

Entre os atores, além de Sato, Tatsuya Fujiwara está muito bem como Shishio, assim como Yosuke Eguchi se transformou em Saito. Os intérpretes de Soujirou e Hiko também dão conta do recado. 
A ambientação da época é muito boa, seja nos figurinos ou cenários, mas uma coisa me incomodou. Por ser feito dentro de uma cidade cenográfica, a impressão que eu tinha era de um ambiente pequeno, apertado, como se fosse uma novela. Mesmo assim, não tira os méritos daquele Japão do século 19. 

A trilha sonora, apesar de um pouco repetitiva, é boa. Principalmente durante as batalhas, funcionando quase como um personagem. 
Por melhor que apresente todo o mundo criado por Watsuki, esse é um filme que pouco deve funcionar para quem não é fã do mangá/anime. Já quem conhece o material original deve sair ficar satisfeito. 

É uma adaptação de rara felicidade, que respeita a obra e os fãs. Prova que é possível transportar um universo de fantasia para uma realidade de carne e osso. Tem defeitos, claro, mas eles são facilmente superados pelas qualidades. Além de estar disponível em home vídeo, a trilogia pode ser encontrada no Netflix, nos links abaixo. 

Samurai X: O Inferno de Kyoto (2014) - http://www.netflix.com/WiMovie/80013790 
Samurai X: O Fim de uma Lenda (2014) - http://www.netflix.com/WiMovie/80013891 

Na estante 


O primeiro filme está na estante em alta definição, mas apesar da boa qualidade de áudio e vídeo, a edição lançada pela Focus deixa muito a desejar. Falta de extras e até mesmo erros de informações na capa. 

Para piorar, os primeiros discos lançados não tinham a dublagem clássica. Os fãs chiaram, a empresa trouxe os dubladores do animes, mas esqueceu de cuidar do áudio, que tem falhas. Além disso, a apresentação é bastante simples, o que me faz apenas sonhar com outras edições, como o steelbook lançado no Reino Unido pela Zavvi. 

A Focus lançou nesta semana o último filme e um box com a trilogia completa. Mas... só em DVD! Provavelmente teremos apenas a primeira parte em alta definição.

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A quinta temporada de Game of Thrones

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Intenso. Essa é a melhor forma de resumir o quinto ano de “Game of Thrones”, que foi encerrado na noite desse domingo. Uma temporada que foi amada intensamente, odiada intensamente, discutida intensamente.

Causou nojo, com a cena do estupro de Sansa, e arrepiou com a batalha de Hardhome, que é, desde já, uma das maiores cenas da história da televisão. Uma temporada oito ou oitenta. Impossível ficar em cima do muro.

Foi um ano de acertos.


E começou cedo, com a escolha de Jon Snow para comandar a Patrulha da Noite. Eu que não gostava do bastardo do norte, vibrei com ele durante os dois meses de exibição. Seja quando recebeu o voto decisivo do Meistre Aemon; quando recusou o que mais queria, no caso, se tornar oficialmente um Stark; ou no momento em que lembrou o pai, e decapitou o Lorde Janos.

Jon, porém, havia sido criado como um Stark, que dava seus passos de acordo com o que o coração mandava. Mas como em Westeros, não entrar no jogo é praticamente uma sentença de morte, ele teve o mesmo destino do pai e do irmão.

A cena final, com o corpo de Jon estendido e o sangue invadindo a neve, chocou. Uma surpresa que pode ser comparada ao destino de Ned ou ao Casamento Vermelho. Mas tudo o que ele fez, o levou a esse fim.

O bastardo ignorou todos os avisos dos companheiros de Muralha para resgatar os maiores inimigos da Patrulha da Noite. Aqueles mesmos que na temporada anterior, só não mataram todos, porque Stannis chegou para definir a batalha. Sem nenhum aliado, ele era uma presa fácil. E nós também. Tanto que a internet quase explodiu após o episódio. Mas essa não será a última vez que veremos Jon, aposto.


Falando em Stannis, o “rei por direito” finalmente brilhou. Um dos personagens mais sem sal mostrou valor, roubou cenas e fez fãs. Precisou de quatro temporadas para ser amado, mas apenas dois minutos para ser odiado.

O fanatismo o cegou. Seja pelo trono, ou pela crença no Deus Vermelho. Viu a morte de metade dos soldados durante a marcha para Winterfell, mas nada justifica o sacrifício de Shireen. Um dos homens mais bravos dos sete reinos havia se tornado um covarde. Não apenas por entregar a filha para Melisandre, mas também por não ter coragem de vê-la queimar.

A cena gerou uma grande polêmica, mas foi necessária para o desenvolvimento da narrativa, já que foi determinante para a derrota de Stannis. Apesar da morte do personagem não ter sido mostrada de maneira explícita, a “punição” pelas mãos de Brienne faria sentido, afinal, não se podia esperar outro destino para o homem que fez macumba para matar o irmão e queimou a filha.

Vale registro o trabalho de Stephen Dillane. O ator inglês conseguiu dar carisma a Stannis quando ninguém esperava mais nada dele, mostrou o sofrimento por chegar ao extremo e o momento da derrota.


Cersei também voltou a ter destaque. A rainha-mãe, que havia ficado em segundo plano após a ascensão de Joffrey, aproveitou a ausência do pai para manipular Tommen e vencer a guerra de egos contra Margaery. Mas assim como Jon e Stannis, suas ações causaram a própria queda.

Além de ser a mulher mais bela dos Sete Reinos, Cersei mostrou ser uma boa estrategista, já que em um golpe de mestre, deu ao Alto Pardal poder e autonomia para fazer valer a “lei de Deus”. Tanto que assim, se livrou de Loras e Margaery.

Mas o que esperar da mulher que teve filhos com o irmão, no meio de tanto fanatismo religioso? Em uma ótima virada, Cersei desceu do trono para a masmorra. Precisou se ajoelhar para pedir perdão ao Alto Pardal, e em seguida, em uma cena forte, que mostrou um grande trabalho de Lena Headey, desfilou nua, humilhada pelas ruas de King’s Landing.

E agora? O castigo fará de Cersei uma outra pessoa ou já podemos esperar por vingança. Vou na segunda opção. E prevejo uma guerra contra a fé na sexta temporada, afinal, a rainha-mãe está em liberdade provisória.


Em Meereen, o núcleo de Daenerys começou arrastado, já que a Khaleesi parece ter desistido do trono de ferro. Nem mesmo a morte de Sor Barristan chocou como deveria. Mas o retorno de Sor Jorah e a chegada de Tyrion mudou tudo.

O encontro do Lannister com a Targeryen representou um dos momentos mais esperados da história, já que desde o primeiro ano, a expectativa de unir os núcleos era grande. E apesar do pouco tempo de cena, a química foi bastante interessante.

A trama envolvendo os Filhos da Harpia, entretanto, parece não ter servido para muita coisa. Apenas para que Jorah (que já espera a morte) pudesse regressar aos braços de sua rainha e para que Tyrion tivesse uma nova chance de reinar. Desta vez, longe de casa. E o que esperar de Dany novamente entre os dothraki?

Infelizmente, também foi um ano de erros


E o maior deles, foi o núcleo envolvendo Sansa. Ela, que passou quatro temporadas escondida entre as sombras dos outros personagens, teve a chance de crescer. Mas ao invés disso, a vimos sofrer com a mania do roteiro de chocar por chocar.

Eu não reclamei da morte de Shireen, já que aquilo foi necessário para a narrativa. Mas qual foi a finalidade de Sansa ser estuprada por Ramsey? Mostrar que ele era um monstro? Acho que a audiência já havia percebido isso após os (muitos) episódios de tortura que geraram quase uma lavagem cerebral em Theon Greyjoy.

E não adianta a defesa de que a história reflete uma sociedade patriarcal e machista da era medieval. Não é preciso ver mais que dois ou três episódios para se dar conta disso. Mas desta forma, acostumamos uma geração de que o estupro é justificado em determinadas situações.

A única boa notícia de Winterfell foi justamente a morte de Fedor para o renascimento de Theon. Como deveremos ter um núcleo envolvendo os Greyjoys no sexto ano, as expectativas ficam para o crescimento do personagem.


Arya participou do lado mais sombrio da temporada, com a Casa do Preto e Branco e o treinamento para fazer parte dos Homens Sem Rosto. Mas mesmo assim, provou que não consegue deixar de ser uma Stark, pois na primeira oportunidade que teve, continuou a lista da vingança, desta vez, contra Sor Meryn Trant – que revelou ser um pedófilo!


E por fim, o grande erro da temporada, que foi a viagem de Jaime e Bronn para Dorne. E olha que quando saiu o primeiro trailer da temporada, eu arriscava que esse seria um ponto alto. Mas não foi.

O roteiro resolveu bagunçar tudo que os livros tinham feito. Cortou personagens, mudou motivações. Ficou tudo muito preto no branco, sendo que o universo de “Game of Thrones” é cinza. Eu gosto de Jaime. Mas não precisa forçar a barra para torná-lo o herói. Basta que a história continue seu rumo (sem inventar cenas como o estupro em Cersei, no quarto ano). Além disso, parece que faltou verba para retratar Dorne, e o lugar que é descrito com muitos detalhes na literatura, se resumiu a um deserto e um castelo.

O ponto alto foi a revelação de Jaime, de que ele é o pai de Myrcella, para descobrir em seguida que ela já sabia. Tudo para matar a menina. Querem começar uma guerra entre King’s Landing e Dorne? Se não for isso, vai ter sido mais um momento desnecessário.

Foi uma temporada de altos e baixos. Mas foi impossível ficar indiferente.

A espera será longa até o ano seis. O negócio é torcer que abril chegue logo!

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Os casais da Estante

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O romance faz parte das nossas vidas. Seja na real, ou naquela do faz de conta, que acompanhamos na televisão ou no cinema desde que nos entendemos por gente. E para comemorar o Dia dos Namorados, o blog lembra alguns destes casais que não estão em muitas listas, mas que são inesquecíveis. 

Eric e Tami Taylor – Friday Night Lights 

Se “Friday Night Lights” é apaixonante, é muito por causa dos dois. Ele, o vitorioso técnico de futebol americano. Ela, o porto seguro. Se não fosse Tami, provavelmente nem os Panthers e nem os Lions saberiam o que é vencer o Estadual. Eles brigaram, como todo casal, e voltavam ainda melhores. Gente como a gente. Gente como a gente gostaria de ser. 

Goku e Chi-Chi – Dragon Ball/Z/GT 

A imagem da maioria é da mãe autoritária, mas o que seria do homem (ou saiyajin) mais forte do universo, se não fosse pela companheira. Chi-Chi cansou de chorar a morte de Goku, aguentou o marido passar anos no além para ficar mãos forte, e mesmo assim, sempre o esperou. Parceria até o fim. E precisavam estar nesta lista, afinal, foram os bonequinhos do meu bolo de casamento. 

Henry e Lucy – Como se Fosse a Primeira Vez 

O filme passa toda semana na televisão. Mesmo assim, a cada vez que passa, garante um mar de suspiros. E não é por menos. A história vivida pelos personagens de Adam Sandler (na época que as pessoas gostavam dos filmes dele) e Drew Barrymore é uma das mais bacanas produzidas em Hollywood no gênero. E fica a lição. Faça o seu amor se apaixonar por você todos os dias! 

Sawyer e Juliet - Lost 

“Lost” conseguiu criar personagens tão carismáticos, e romances tão interessantes, que poderíamos fazer uma lista só da série, já que tivemos Charlie e Claire, Desmond e Penny, Jin e Sun... Mas para mim, nenhum marcou tanto quanto Sawyer e Juliet. Simplesmente porque ninguém esperava. Nas voltas do tempo, de sobreviventes, passaram a viver um pelo outro. Tudo bem, no meio do caminho tinha a Kate, querendo estragar. Mas em outra vida, eles ficaram juntos (sim, eles não morreram no avião, caso ainda não tenha entendido). 

Peter e Lois – Family Guy 

Homer e Marge podem ser um exemplo nos desenhos. Mas eu prefiro o surto que é a família Griffin. Ele é um completo maluco, mas ela não fica muito atrás. Mas também são loucos um pelo outro! 

Nathan e Haley – One Tree Hill 

Provavelmente, meu primeiro caso de shipping em uma série, mesmo com uma história totalmente clichê. Ele é o popular. Ela é a CDF. Eles se apaixonam. Parece qualquer filme ou série genérica, mas a diferença é que além do que vemos nos corredores de colégio, ela se torna uma estrela da música, e ele, um astro da NBA. Brigaram, voltaram, casaram, separaram, voltaram, tiveram filhos, momentos felizes e tristes. E ainda roubaram as cenas dos casais principais. 

Brad e Jane – Happy Endings 

Achava que Marshall e Lily (“How I Met Your Mother”) eram o casal perfeito. Até conhecer Brad e Jane. São parceiros sem serem bregas. Apaixonados e loucos. E legítimos representes do século 21. São tão bons, que mereciam uma série só deles, já que infelizmente, “Happy Endings” teve um fim precoce. 

Logan e Veronica – Veronica Mars 

Outro caso de shipping adolescente, mas que voltou com força quando vi os dois juntos no filme da loirinha. Outro caso clichê. Ele era o bad boy e ela a heroína da série. Mas a química dos dois funcionou de uma maneira rara. Tanto que era impossível não torcer pelo casal “LoVe”. 

Matt e Julie – Friday Night Lights 

Não pretendia repetir produções, mas não poderia negar o pedido da minha alma gêmea, que definiu os dois assim. “Matt Saracen e Julie Taylor tornaram-se um dos meus casais favoritos há pouco tempo, desde que comecei a assistir ‘Friday Night Lights’. A história deles foi retratada de forma intensa e muito humana. Afinal, qual adolescente não possui idas e vindas no amor? Os dois se conheceram e o amor deles superou a época de colégio e a distância durante a faculdade”. 

E qual é o seu casal favorito?

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Os Blu-ray da AnimesDVD

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Quem gosta de animes, e principalmente, de ter eles na coleção, tem três opções: importa de outros países, espera (sentado) pelo lançamento oficial em Terras Brasilis, ou então, o que muitos não gostam, mas fazem, que é apelar para sites que “produzem” edições em DVD. Não levando em consideração a questão ética, o grande problema deles é a falta de qualidade. São muitos episódios em cada disco, o que ocasiona imagem e som ruins. 

Mas nos últimos tempos, um site tem chamado a atenção por disponibilizar diversos títulos em Blu-ray, entre eles, clássicos cultuadíssimos como “Os Cavaleiros do Zodíaco”, “Dragon Ball Z” e “Yu Yu Hakusho”. Fiz algumas compras com a AnimesDVD, e trago as minhas experiências. 

A polêmica 

Tanto em fóruns quanto em grupos do Facebook, o assunto surge de vez em quando, e sempre gera curiosidade e polêmica. A curiosidade é sobre a qualidade dos produtos. E a polêmica, é pelo fato de não serem originais. 

Tenho que admitir que eles são a ovelha negra da minha coleção, já que, por melhor produzido que seja, é um produto pirata. Se eles não possuem os direitos de comercialização, é pirata. E como colecionador, como entusiasta da mídia física, sei que a pirataria nada acrescenta. Mas também não quero ficar sem uma série essencial, porque a indústria do home vídeo não dá a mínima para os fãs de animes. Esse, porém, é um assunto mais extenso, que vai ficar para uma próxima postagem. 

Podemos comparar com o caso dos filmes lançados pela Continental. Quem conhece, sabe o péssimo tratamento que os títulos recebem. E são vendidos em grandes lojas, o que torna, para muitos, um produto original, sendo que o direito de comercialização deles é bastante questionável. A AnimesDVD não é perfeita. Eles têm muito o que melhorar (como mostrarei a seguir), mas esse produto pirata é muito superior ao original da Continental. 

E por fim, outra crítica que sempre aparece, é sobre simplesmente pegar os arquivos disponíveis na internet e cobrar por eles. Não é bem assim. Os caras fazem um bom trabalho de autoração. Menus bem feitos (principalmente os últimos lançados), vários opções de áudio, quando isso é possível, e boa imagem. 

Segundo: Nem todos que possuem um equipamento de alta definição, têm uma internet rápida o suficiente para baixar esses animes (o que também é pirataria, amigos). E se possuem, muitas vezes não querem perder tempo com isso. Além disso, esses podem ir para a estante. Um baixado e colocado no HD, não. 

Os discos 


Em duas compras (uma em 2012 e outra no fim do ano passado), adquiri “Yu Yu Hakusho”, “Os Cavaleiros do Zodíaco” (saga clássica, Hades, Lost Canvas e os filmes), “Neon Genesis Evangelion” e “Hunter x Hunter”. 

A negociação foi tranquila e segura. Os itens foram muito bem embalados em uma caixa, para que não tivesse nenhum risco de dano. Para mim, um site confiável. 

O único porém, foi o atendimento, ainda na primeira vez, quando estava interessado em “Yu Yu Hakusho”. Como o anúncio não dava tantas informações, fiz algumas perguntas, e a pessoa que respondeu foi bastante grosseira. Como gostei da qualidade, voltei a comprar no ano passado, mas desta vez, tudo automático pelo site, sem precisar ter contato com ninguém. 

A grande maioria dos títulos são apresentados em estojos transparentes (acredito que apenas “Dragon Ball Z” e “GT” sejam enviados com a case azul). O número de discos em cada estojo varia entre um (como na saga de Hades, dos Cavaleiros, que tem um estojo para cada disco) e três (caso de “Hunter x Hunter”).

Exemplo de estojos transparentes

As capas possuem boa qualidade de impressão. Porém, nem todas são bonitas. Acho que falta bom gosto na escolha das artes, principalmente na parte traseira, quando podemos perceber um excesso de imagens e informações, o que deixa bem poluído. Neste caso, menos é mais. Outro problema das capas, é a mistura de imagens em alta e em baixa qualidade. 

Contracapas pecam no excesso de informações e na diferença de qualidade das imagens

Todos as capas possuem arte interna. Algumas são muito bonitas (caso de “Hunter x Hunter”). Outras, são apenas para mostrar o nome dos episódios (que para algumas pessoas, pode ser bastante útil, apesar de ser esteticamente desinteressante).

"Hunter x Hunter" tem uma das melhores artes internas

Os discos são mídias graváveis (fundo preto) com 25GB. Na frente, a impressão é feita direto nos discos, lisa e com imagens em boa qualidade.


A qualidade de imagem surpreende. Na televisão, deve agradar aos mais exigentes. Os menus, como já citei anteriormente, são muito bem produzidos. Melhores até que os de produtoras grandes. O áudio é ok. 


No vídeo acima, apresento um pouco dos menus e algumas prévias de episódios, mas na televisão, deve agradar aos mais exigentes. 

O grande diferencial deles é a boa qualidade de imagem e os menus. Apenas acho que a parte física poderia ser explorada. Desde uma melhor escolha nas imagens (buscar apenas a alta resolução, por exemplo) e capas mais clean, menos poluídas na parte traseira. 

Também acho que poderiam apostar mais no público colecionador, lançando edições diferenciadas, com luvas, por exemplo. Isso já foi questionado na página deles, no Facebook, e eu tenho certeza que teria um bom retorno. 

No geral, mesmo com esses “defeitos”, considero a experiência bastante positiva. Se alguém não se prende às polêmicas do início do texto, recomendo os produtos da AnimesDVD. 

OBS: Gostaria de ter os animes originais em Blu-ray. Se por um acaso, a Playarte lançar “Os Cavaleiros do Zodíaco” em alta definição, certamente comprarei. Também não descarto pegar a versão americana de “Yu Yu Hakusho”, para ter um produto legítimo. Mas enquanto isso, continuo com os meus títulos da AnimesDVD, já que parece que serão, por um bom tempo, a única opção no nosso idioma.

Abaixo, algumas imagens das edições.










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