Desventuras de um colecionador
"Parte" das compras da viagem (e Thiago sem um centavo no bolso)
A internet é a melhor amiga dos colecionadores. Desde os mais hardcore, que encomendam itens exclusivos de vários países, até os casuais, que querem um ou outro filme. Foi pela rede que eu adquiri a maior parte da minha coleção. E não existem palavras para descrever a alegria que é o momento em que o carteiro chega com um pacote. Mas para mim, encontrar na rua a edição que você quer, é um prazer ainda maior.
Enquanto alguns colecionadores moram em lugares com inúmeras opções de lojas, para muitos outros, entrar em uma Saraiva ou Cultura é motivo para brilhar os olhos. E eu faço parte do grupo que para procurar alguma coisa, é necessário viajar para a “cidade grande”.
No último mês precisei ir algumas vezes para Porto Alegre. Oportunidade perfeita de unir o útil ao agradável. E é uma dessas sagas que eu vou relatar a partir de agora.
Após deixar meus sogros no aeroporto, preparei minha esposa para o que estava por vir e começamos uma peregrinação pela cidade atrás de novidades. A primeira parada, ainda pela manhã, foi a Zero Vídeo Distribuidora (que eu já havia citado neste outro post).
Zero por dentro e por fora
Na outra passagem, eu estava com pressa, mas desta vez, pude conferir um pouco o que eles têm a oferecer. Se a prateleira de Blu-ray é pequena, o mesmo não pode ser dito sobre os DVDs. Tem quase tudo o que se imagina, com preços bem interessantes. Eu levei para casa a edição especial de “Zoolander” por R$ 5 (no Mercado Livre tem gente cobrando até R$ 100!). Tinha até uma edição enluvada de “O Artista” por menos de R$ 10.
Também levei vários Blu-ray que eu já havia encomendado pelo Facebook (eles atendem todo o Brasil, enviando pelos Correios), mas o grande prazer é visitar o local.
As compras do dia na Zero
Também foi bacana ver um ótimo movimento no local, em todos os gêneros de filmes. Prova de que a mídia física ainda está longe de morrer.
Também fui em outra distribuidora que eu havia encontrado no Google, mas não deu muito certo. Milhares de DVDs empilhados, o que impedia de procurar com calma, e com preços fora da realidade.
A próxima parada foi o Barra Shopping Sul, lar da Fnac. A loja não é das mais baratas, mas é uma tentação para todos os colecionadores. Ao entrar na sessão de DVD/Blu-ray, já se encontra os principais lançamentos ao lado de um busto do Lanterna Verde.
Opções não faltam na Fnac
O local possui uma infinidade de títulos, e algumas boas promoções, como o box com 14 filmes de Alfred Hitchcock por R$ 299 (o preço normal é R$ 499). Mas para quem gosta de coisa boa e barata, tinham vários caixotes com DVDs/Bluray/séries com diversos preços.
Os caixotes com filmes para todos os gostos da Fnac
Na Saraiva, a mídia física parece perder espaço. Me acostumei tanto com as lojas do Barra e do Iguatemi (que já não têm muita coisa), que não imaginava que a MegaStore do Praia de Belas, o lugar onde eu ia só para namorar os box de séries há uns 10 anos, havia diminuído o espaço dos DVDs.
Corredores deste tamanho com Blu-ray parecem cada vez mais raros na Saraiva
Mesmo assim, sempre acho alguma coisa diferente. Como hoje o foco da coleção são os discos da Disney e do Studio Ghibli, a visita valeu a pena. Saí de lá com o Blu-ray de “Vidas ao Vento” (que eu peguei antes de tentar achar – em vão – na Cultura) e com o DVD de “Fantasia” (ainda quero o Blu-ray, mas como está em moratória, me nego a pagar o absurdo que o pessoal do Mercado Livre pede).
Outra parada foi na E o Vídeo Levou. Além de ser uma das locadoras mais tradicionais de Porto Alegre, também vende filmes. E tem algumas coisas ali que não se encontra todos os dias. Saí de lá com três Blu-ray da Disney: “Alice no País das Maravilhas” e “Nem que a Vaca Tussa” até que são encontrados sem muito trabalho no Mercado Livre, mas “Aristogatas” virou artigo de luxo. Logo, não quis perder a oportunidade.
E o Vídeo Levou é um dos locais mais legais para os fãs da sétima arte
O lugar vale a visita simplesmente pela atmosfera. Os caras respiram cinema. E manjam muito. Era sensacional ouvir as sugestões de filmes dos atendentes. Pessoas que amam cinema. Foi graças a caras como eles que eu me encantei com a sétima arte, lá no tempo do guaraná com rolha.
A parte de locação tem de tudo. O que me deixou triste, já que os filmes que eu mais queria, não estavam disponíveis para a venda. Eles também têm um imenso catálogo de pôsteres de filmes. Tudo está disponível no site, mas muito melhor é conhecer in loco.
Por fim, e não por acaso, a Livraria Cultura. O lugar é o paraíso de qualquer colecionador. Afinal, não é em qualquer lugar que você tem um filme argentino ao lado de um Criterion. Tem de tudo um pouco.
Prateleiras da Cultura: de Darín à Criterion
De clássicos aos mais recentes, dos mais simples aos importados. Além de edições exclusivas fantásticas, como as lançadas pela Versátil. Eles ainda abriram uma loja dentro da loja. O Espaço Geek faz surgir o nerd dentro de todo mundo. E tem de tudo. Filmes, animes, HQs, camisetas, pôsteres...
Espaço Geek e exclusivos são as tentações da Cultura
No fim, saí de lá com a carteira vazia, mas feliz da vida. Seguindo o objetivo da viagem, levei os Blu-ray com as edições diamante de “Bambi” e “Mogli”, além de Lilo & Stitch. Da Versátil, o primeiro box do Studio Ghibli (com "Nausicaä do Vale do Vento", "Meu amigo Totoro" e "Princesa Mononoke"). Também sacolei o BD do live-action de “Samurai X” (queria há um bom tempo, e estava em promoção). E por último, o ótimo box lançado pela Europa, com quatro filmes argentinos (“O Filho da Noiva”, “Plata Quemada”, “O Mesmo Amor, a Mesma Chuva” e “O Segredo dos Seus Olhos”).
Seja na maior das lojas, ou em uma pequena, dê aquela olhada básica. Você poderá encontrar desde filmes raros até ótimas promoções.
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