Cinemito comenta: Batman vs Superman – A Origem da Justiça

18:17 Unknown 0 Comments



Três anos se passaram desde o anúncio do filme e finalmente podemos assistir o tão esperado combate do Filho de Krypton contra o Morcego de Gotham. Em um ano cheio de grandes lançamentos, "Batman vs Superman" chegou como um dos principais candidatos a ser o favorito do público. Será que conseguiu?

Nos últimos dias começaram a sair as críticas do filme e admito que fiquei um pouco apreensivo, pois elas não estavam sendo muito positivas. Algumas reclamações faziam sentido, já que envolviam roteiro, montagem e até trilha sonora. Até aí tudo bem. Mas aí começaram a surgir coisas como “não tem humor” ou “grande, mas não divertido” e percebi que podia ter muita besteira nesses comentários. E eu tinha razão. No começo realmente achei o filme um pouco sem ritmo, as cenas iniciais pareciam um pouco jogadas, mas logo as coisas tomaram um rumo. Para ser mais preciso, achei que o filme começou a se acertar naquela cena mostrada nos trailers, em que Clark e Bruce se conhecem. 


Um bom tempo é usado no desenvolvimento dos personagens, principalmente do Batman, o que para alguns pode tornar o filme “lento”, mas reclamar disso seria uma bobagem (embora as repetitivas sequências de sonhos seja algo que me incomodou). Mas não existe bobagem maior do que criticar a “falta de humor”. Quem faz isso aparentemente nunca viu um filme do Batman, ainda está no clima do Deadpool ou acha que todo filme de herói tem que seguir o padrão Marvel.

Enfim, em relação ao elenco, o pessoal de "O Homem de Aço" continua mandando bem. Henry Cavill mostra um Superman disposto a lidar com as consequências da luta com Zod, sabe que não é unanimidade e mesmo assim faz de tudo para salvar as pessoas, principalmente sua mãe e Lois. A repórter do Planeta Diário ganha ainda mais destaque, participando dos principais momentos do filme, e tudo indica que ela vai ser muito importante no futuro.


Do elenco novo, o Lex de Jesse Eisenberg não me convenceu. Achei caricato demais, destoa do resto dos personagens e em nenhum momento consegui levar ele muito à sério. Aparentemente ele tem grandes planos, então os próximos filmes podem trazer uma evolução para o personagem.
Já a Mulher Maravilha é incrível. Logicamente, ela não tem tanto tempo de tela quando os dois principais, então os minutos não são gastos para contar a origem dela. E isso é extremamente positivo, pois ela vai lá e mostra logo para o que veio, nos deixando empolgados para a aventura solo que estreia em junho do ano que vem.

Se alguém ainda tinha dúvidas sobre Ben Affleck, pode ficar tranquilo. Este é um Batman diferente dos outros. Depois de vinte anos em Gotham, ele está cansado. Já não tem mais paciência para os bandidos que aparecem no seu caminho e não pensa duas vezes caso tenha que matar um deles. Então era óbvio que ele iria fazer algo em relação ao miserável que trouxe a guerra até nós. A luta entre os dois é ótima, vai fazer a felicidade de todo fã. Só gostaria que tivesse sido mais longa, pois é a melhor cena do filme.


O filme com certeza não é perfeito, não é o melhor filme de super-herói de todos os tempos, mas nem de longe é o desastre que parte da crítica fez parecer. Tem cenas descartáveis, e outras épicas, sem contar a participação do pessoal da Liga da Justiça. A DC está começando agora o seu universo no cinema, apostando em um tom diferente da concorrência. 

Pode ir assistir sem medo. Esqueça os filmes antigos do Superman, esqueça o Batman do Nolan (que é produtor de "Batman vs Superman"), esqueça os filmes da Marvel, esqueça os críticos. Você pode gostar do filme ou não. Mas se não gostar, que pelo menos seja pela sua própria opinião.


0 comentários:

O DVD argentino de Evangelion 3.33

11:02 Unknown 0 Comments



"Evangelion" é uma das minhas obras favoritas. Não apenas entre animes, mas contando tudo o que já foi lançado. Eu era um moleque quando assisti a série clássica e o filme "The End of Evangelion". A cabeça quase explodiu com aquilo.

Quando eu achei que não seria possível repetir a dose, Hideaki Anno, o criador, resolve recontar a série através de quatro filmes. Parecia mais um caça-níquel, mas logo no segundo longa, toda a história foi alterada, aumentando significativamente o número de mistérios (que já era enorme).

Está nos planos um post maior sobre a série/filmes. Mas neste momento, destaco a edição do terceiro longa do projeto "Rebuild of Evangelion", o "You Can (Not) Redo", lançada em DVD na Argentina. Enquanto nós seguimos torcendo para que a Paris (que trouxe os dois primeiros) aposte neste, os nossos hermanos já contam com isso faz tempo.

Mais detalhes no vídeo do topo!   









0 comentários:

Os trailers, a experiência do cinema e o Homem-Aranha

15:19 Unknown 0 Comments



A quinta-feira, 10 de março, foi marcante para os fãs de quadrinhos e cultura pop. O novo trailer de “Capitão América: Guerra Civil” já seria o assunto do dia se tivesse acabado no momento em que surge a logo do filme. Seria. Mas na sequência, o Homem de Ferro chamou um tal pirralho e o resto todo mundo já sabe, já que a cena quase quebrou a internet.

Eu não vi o trailer. Assim como não vi nenhum dos trailers anteriores. Decisão que teve início após assistir “Vingadores: A Era de Ultron” e perceber que não havia nenhuma surpresa. Tudo de importante já havia sido mostrado. Mas a gota d’água ocorreu com “O Exterminador do Futuro: Gênesis”, já que a prévia entregava a grande reviravolta do filme.

O trailer tem o papel de instigar, convencer a assistir o filme. Não de mostrar tudo o que vai acontecer nele. Não são poucos os que entregam cenas cruciais para a história. Às vezes, até o final está lá. Sem falar nas comédias, cujas melhores piadas já foram apresentadas na prévia, deixando o que para o produto final?

Lembro que fazia questão de chegar cedo ao cinema para não perder os trailers. Hábito que foi quebrado pela internet. A mesma rede que fez com que as informações circulassem cada vez mais rápido, mais rápido e que criou essa guerra pela geração de buzz. “Se ‘Batman vs Superman’ vai agitar com a venda dos ingressos, vamos pegar o foco com o Homem-Aranha”, pensaram eles. E infelizmente, estão certos. O resultado está aí.

Mas não seria bem mais legal só ver esta cena na tela grande, assim como foi a tão esperada aparição de Luke no novo “Star Wars”? Dane-se a experiência de quem está assistindo. O negócio é usar todas as armas para levar o máximo de pessoas ao cinema (de preferência, pagando o ingresso mais caro do 3D).

“A Era de Ultron” fez 1,4 bilhão de doletas em bilheteria. Muito disso, graças ao buzz gerado naqueles vários teasers e trailers que entregaram tudo. Não é um filme perfeito, longe disso (apesar de que eu ainda prefiro ele ao primeiro), mas a experiência no cinema certamente seria muito superior se não fosse o excesso de conhecimento prévio. 

Hulkbuster? Luta? Relaxa, o trailer já mostrou tudo!

Não desisti da minha convicção. Como comentei acima, não assisti ao trailer. Mas vi a cena do Aranha. Repetidas vezes. A única maneira de não ser consumido pelo imediatismo das informações é ser congelado. Nos sites especializados, é óbvio que este vai ser o assunto. Mas no Facebook (onde os vídeos começam sem dar play), se você está em algum grupo, ligado de alguma maneira a cultura pop, vai acabar vendo (até porque todo mundo quer ser o primeiro a dar o furo). Se algum amigo seu gosta, ele vai postar e você vai acabar vendo. No Twitter, você vai acabar vendo. Até na televisão deve ter passado em algum “Leitura Dinâmica” da vida...

Como escreveu o ótimo Thiago Cardim no Judão, eu também não queria ver o Homem-Aranha no trailer. Mais que isso, eu não queria ver o trailer. A experiência da magia do cinema respira por aparelhos. Assim que encontrarem uma maneira de gerar ainda mais dinheiro, ela morre de vez. 

0 comentários: