5 grandes filmes que não ganharam o Oscar

11:40 Unknown 0 Comments



Hoje acontece a cerimônia do Oscar e, como sabemos, nem sempre ganha o melhor. Nessa lista vamos falar de alguns filmes que concorreram, mas não venceram a principal categoria. Sabemos que há muito tempo ocorrem injustiças (“Cidadão Kane”, por exemplo), mas resolvemos falar de casos mais recentes. Então, vamos à lista:

O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan, de Steven Spielberg)


O Oscar de 1999 foi bizarro. Tivemos que aturar a Gwyneth Paltrow vencendo como Melhor Atriz no lugar da Fernanda Montenegro e, principalmente, “Shakespeare Apaixonado” ganhando de “O Resgate do Soldado Ryan”. Não que o filme do Shakespeare seja horrível, mas aí pra ganhar de um dos melhores filmes do Spielberg (que recebeu a estatueta de diretor) já é demais. Errou feio, Academia.

À Espera de Um Milagre (The Green Mile, de Frank Darabont)


Eu não suporto “Beleza Americana”. Mesmo. Não entendo até hoje como ganhou tantos Oscars, ainda mais num ano que tinha “O Sexto Sentido”, “O Informante” e “À Espera de Um Milagre”. Esse filmaço com Tom Hanks, baseado em livro do Stephen King, concorria em quatro categorias. Inexplicavelmente, não levou em nenhuma. 

A Origem (Inception, de Christopher Nolan)


No Oscar de 2011, “A Origem” pegou uma concorrência pesada. Disputou contra ótimos filmes como “A Rede Social”, “Toy Story 3”, “Inverno da Alma”, “Cisne Negro”... E a Academia acabou premiando “O Discurso do Rei”, um filme correto, mas que se apagava perto dos outros indicados.
A produção de Christopher Nolan terminou a cerimônia com quatro prêmios (fotografia, edição de som, mixagem de som e efeitos visuais). Mas Melhor Filme que é bom, nada.

Ela (Her, de Spike Jonze)


Esse é um filme que a gente fica desconfiado lendo a sinopse. “O cara se apaixona por um sistema operacional”. Mas é genial, um dos grandes filmes lançados nos últimos anos, com Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson incríveis (e um Chris Pratt pré-Guardiões da Galáxia).
Perdeu para “12 Anos de Escravidão”, e venceu como Melhor Roteiro Original como prêmio de consolação. 

Whiplash - Em Busca da Perfeição (Whiplash, de Damien Chazelle)


É o caso mais recente da lista. Perdeu ano passado para o superestimado “Birdman” (e o diretor Iñárritu pelo jeito vai conseguir várias estatuetas esse ano com outro filme superestimado).
Whiplash” foi feito a partir de um curta metragem (que não tinha Miles Teller e era basicamente uma das cenas do filme), ganhou três Oscars (ator coadjuvante para J.K. Simmons, montagem e mixagem de som) mas merecia muito mais.

Confira também

E não perca a cobertura completa do Cinemito, no Twiiter: www.twitter.com/cinemito.

0 comentários:

Os vencedores do Oscar na estante

12:16 Unknown 0 Comments




Continuando o especial sobre o Oscar, o blog selecionou todos os filmes da coleção, que já venceram o principal prêmio do cinema.

2015


Birdman 
Vencedor de 4 Oscar, incluindo Melhor Filme

Boyhood
Vencedor de 1 Oscar

O Grande Hotel Budapeste
Vencedor de 4 Oscar

Operação Big Hero
Vencedor de 1 Oscar

Sniper Americano
Vencedor de 1 Oscar

Whiplash – Em Busca da Perfeição
Vencedor de 3 Oscar

2014


Clube de Compras Dallas
Vencedor de 3 Oscar

Ela
Vencedor de 1 Oscar

Frozen
Vencedor de 2 Oscar

Gravidade
Vencedor de 7 Oscar

2013


007 – Operação Skyfall
Vencedor de 2 Oscar

A Hora Mais Escura
Vencedor de 1 Oscar

Argo
Vencedor de 3 Oscar, incluindo Melhor Filme

As Aventuras de Pi
Vencedor de 4 Oscar

Django Livre
Vencedor de 2 Oscar

O Lado Bom da Vida
Vencedor de 1 Oscar

Valente
Vencedor de 1 Oscar

2012


Millenium – Os Homens que não Amavam as Mulheres
Vencedor de 1 Oscar

Os Descendentes
Vencedor de 1 Oscar

Rango
Vencedor de 1 Oscar

2011


A Origem
Vencedor de 4 Oscar

A Rede Social
Vencedor de 3 Oscar

Cisne Negro
Vencedor de 1 Oscar

O Vencedor
Vencedor de 2 Oscar

Toy Story 3
Vencedor de 2 Oscar

2010


Avatar
Vencedor de 3 Oscar

Bastardos Inglórios
Vencedor de 3 Oscar

Guerra ao Terror
Vencedor de 6 Oscar, incluindo Melhor Filme

O Segredo dos Seus Olhos
Vencedor de 1 Oscar

Star Trek
Vencedor de 1 Oscar

Up – Altas Aventuras
Vencedor de 2 Oscar

2005 a 2009


Batman – O Cavaleiro das Trevas
Vencedor de 2 Oscar

Crash – No Limite
Vencedor de 3 Oscar, incluindo Melhor Filme

Homem-Aranha 2
Vencedor de 1 Oscar

Menina de Ouro
Vencedor de 4 Oscar, incluindo Melhor Filme

Os Incríveis
Vencedor de 2 Oscar

Os Infiltrados
Vencedor de 4 Oscar, incluindo Melhor Filme

Pequena Miss Sunshine
Vencedor de 2 Oscar

Quem Quer ser um Milionário
Vencedor de 8 Oscar, incluindo Melhor Filme

2000 a 2004


Beleza Americana
Vencedor de 5 Oscar, incluindo Melhor Filme

Matrix
Vencedor de 4 Oscar

O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel
Vencedor de 4 Oscar

O Senhor dos Anéis – As Duas Torres
Vencedor de 2 Oscar

O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei
Vencedor de 11 Oscar

1996 a 1999


Fargo – Uma Comédia de Erros
Vencedor de 2 Oscar

Jerry Maguire – A Grande Virada
Vencedor de 1 Oscar

Los Angeles: Cidade Proibida
Vencedor de 2 Oscar

O Resgate do Soldado Ryan
Vencedor de 5 Oscar

Os Suspeitos
Vencedor de 2 Oscar

Titanic
Vencedor de 11 Oscar, incluindo Melhor Filme

1990 a 1995


A Bela e a Fera
Vencedor de 2 Oscar

A Pequena Sereia
Vencedor de 2 Oscar

Batman
Vencedor de 1 Oscar

Forrest Gump – O Contador de Histórias
Vencedor de 6 Oscar, incluindo Melhor Filme

Indiana Jones e a Última Cruzada
Vencedor de 1 Oscar

Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
Vencedor de 3 Oscar

Pulp Fiction – Tempo de Violência
Vencedor de 1 Oscar

O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final
Vencedor de 4 Oscar

O Silêncio dos Inocentes
Vencedor de 5 Oscar, incluindo Melhor Filme

Até 1989


Alien, o Oitavo Passageiro
Vencedor de 1 Oscar

Aliens, o Resgate
Vencedor de 2 Oscar

De Volta Para o Futuro
Vencedor de 1 Oscar

O Poderoso Chefão
Vencedor de 3 Oscar, incluindo Melhor Filme

O Poderoso Chefão II
Vencedor de 6 Oscar, incluindo Melhor Filme

Rocky: Um Lutador
Vencedor de 3 Oscar, incluindo Melhor Filme

Confira também

Até domingo, o  blog terá outras postagens especiais em preparação ao prêmio máximo do cinema.

E não perca a cobertura completa do Cinemito, no Twiiter: www.twitter.com/cinemito.

0 comentários:

Algumas linhas sobre os oito indicados ao Oscar

15:32 Unknown 0 Comments



No post "31 dias. 31 filmes" citei que uma das minhas resoluções de ano novo é assistir mais filmes. E acrescento a isso os filmes do Oscar. A cada temporada eu prometo conferir pelo menos os indicados ao prêmio principal, mas fico no quase. Mas não desta vez. Foram oito filmes, diversos estilos e aquela torcida para o domingo. 

Aí estão as pequenas avaliações do filme, por ordem do primeiro ao último que eu assisti.

Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road, de George Miller)


"Mad Max" é, sem sombra de dúvidas, o grande queridinho de 2015. Gerou reações como “o melhor filme dos últimos anos”, “obra de arte” ou “merece todos os Oscar”. O que me faz pensar que eu assisti outro filme.

Não posso desprezar as qualidades como a ação desenfreada, os ótimos efeitos especiais, a fotografia belíssima e a grande atuação de Charlize Theron. Mas isso não justifica todo o Carnaval que foi feito em cima. É um ótimo filme de ação, bastante acima da média. E só. O roteiro é raso como um pires (e não venha com o papo de subtexto) e os personagens não mostram quem são e nem para onde vão. 

Vale pelo fato de termos uma produção totalmente mainstream concorrendo ao prêmio de melhor filme. Pena que outros muito melhores não tiveram a mesma sorte ("Batman – O Cavaleiro das Trevas", estou falando de você!).

Perdido em Marte (The Martian, de Ridley Scott)


E quando ninguém mais acreditava nele, Ridley Scott acerta em cheio e surpreende todo mundo. “Perdido em Marte” conseguiu mudar todo um gênero e criar um dos filmes mais divertidos do ano passado.

É outro que causa fortes sensações. Tanto, que eu terminei a sessão exausto (no melhor sentido da palavra). E é incrível o quanto ele prega o otimismo, inclusive nas situações mais extremas (indo, mais uma vez, para o outro lado do que estamos acostumados). Você assiste sabendo o que vai acontecer, sabe que vai dar tudo certo, mas é impossível não ficar nervoso e na torcida.

Grande elenco, grande direção de Scott (que parece ter tirado boas ideias de “Prometheus”). Fotografia linda e trilha espetacular (o momento em que toca “Starman”, de David Bowie, chega a ser épico). Pode não ter bola para a categoria, mas é um campeão do povo.

A Grande Aposta (The Big Short, de Adam McKay)


Dos filmes que possuem chances reais de levar o prêmio máximo, é o meu favorito. É uma produção que acerta no roteiro, acerta na execução, no elenco e no momento. 

É um filme que tem algo a dizer. O capitalismo é tratado como a verdade absoluta, e se eu posso ficar rico, você que se ferre. E se levar o Oscar, certamente, mais pessoas receberão a mensagem. Que por sinal, por mais complexa que seja, é mostrada de uma forma didática, mas que em momento algum menospreza o espectador.

As metáforas, as quebras da quarta parede, as grandes atuações. Pode não ter sido feito para a Academia, mas cresceu na hora certa, e ganhou cara de Oscar.

Ponte dos Espiões (Bridge of Spies, de Steven Spielberg)


Steven Spielberg, Tom Hanks e Guerra Fria. Não poderia dar errado. As seis indicações e os 91% de aprovações no Rotten Tomatoes comprovam isso. Eu, por outro lado fiquei em cima do muro. É um filme bem feito, com boas atuações, mas tão sem sal...

O grande problema, na minha opinião, é a indefinição de Spielberg quanto ao gênero do filme. Não sabe se tem um drama de tribunal ou um suspense de resgate. Não se decide se é para ser divertido ou tenso. 

Não é ruim. Longe disso. Mas com o peso de nomes como Spielberg e Hanks, além do destaque, tanto na época de lançamento quanto pós-indicações, se esperava muito mais.

Spotlight – Segredos Revelados (Spotlight, de Tom McCarthy)


Talvez eu seja suspeito para falar de “Spotlight”, já que sou jornalista e o filme é quase uma aula sobre o tema. É um longa que fala de paixão pelo trabalho, por ajudar as pessoas, e por fazer justiça. O quarto poder da maneira que ele deve ser.

Não tenho muito o que dizer neste momento, já que meus principais comentários sobre o filme estão neste vídeo. E ficaria bem feliz se a produção de Tom McCarthy levasse a estatueta.

O Quarto de Jack (Room, de Lenny Abrahamson)


Nunca tinha ouvido falar em “O Quarto de Jack” até o Globo de Ouro. E às vésperas da premiação, se tornou o meu favorito. Um pequeno grande filme. Sensível, tocante, delicado. Explora um tema pesado, que é um soco no estômago, sem precisar chocar.

De um lado, temos uma Brie Larson intensa, que passa verdade em cada cena. Da atriz que de tantos papeis como coadjuvante se tornou aquele rosto que todo mundo conhece, mas ninguém sabe de onde, nasce uma estrela. Favorita, com todos os méritos, ao prêmio que concorre.

Já o pequeno Jacob Trembley é quase uma força da natureza em cena. Ele é o filme, com uma atuação inacreditável para a idade. Os fãs de DiCaprio que me desculpem, mas o trabalho do menino, hoje com 9 anos, é o grande merecedor do prêmio de melhor ator. Pena que a Academia preferiu ignorar ele...

Não tem a “relevância” de “Spotlight” ou “A Grande Aposta” nem a grandeza de “O Regresso”. Mas é com ele que está a minha torcida.

O Regresso (The Revenant, de Alejandro González Iñárritu)


Polêmico. Assim posso definir “O Regresso”, também conhecido como o filme que vai dar o Oscar a Leonardo DiCaprio. Isso porque o público ficou bastante dividido. Li comentários que vão de “filmão” a “chatíssimo”. E admito: estou com o segundo grupo.

Começando com as qualidades, o filme tem uma parte técnica impressionante. A fotografia de Emmanuel Lubezki é incrível (se destacando em uma categoria que tem “Mad Max” e “Sicario”) e a direção de Alejandro González Iñárritu é, mais uma vez, excelente. Pena que o roteiro não colabore. As duas horas e meia se dividem entre uma história previsível (cujo final você já sabe antes mesmo de entrar no cinema) e contemplação das geleiras do Canadá. As imagens são lindas, mas não chegam nem perto de sustentar o marasmo que é “O Regresso”.

Por outro lado, assisti com a impressão de que estava vendo o vencedor do prêmio de melhor filme. Dos oito concorrentes, é aquele que tem cara de Oscar. Também é aquele com o maior número de indicações.

Como já comentei, um prêmio é certo: DiCaprio finalmente receberá a estatueta. E justamente em um trabalho inferior aos anteriores. É uma atuação visceral, de um ator que se entrega ao personagem. Mas mesmo assim, fica na sombra de Tom Hardy. Este sim mereceria vencer. 

Com uma produção que demorou mais de nove meses, utilizando apenas luz natural, e obrigando os atores a passarem pelo inferno na terra, aposto que um making of é muito mais interessante.

Brooklyn (idem, de John Crowley) 


Por fim, “Brooklyn” é aquele filme que você assiste e se pergunta porque está na lista. Porém, não encontra resposta. Tem bons momentos, entretém por quase duas horas, mas não passa disso. Não tem força e nem relevância para concorrer ao prêmio de “melhor do ano”, o que significa que teve um lobby muito bom com parte da Academia.

Admito que fui assistir com uma certa má vontade, e quando me dei por conta, até estava me divertindo com o que estava na tela (que tem um bom segundo ato, mas no final se enrola para não sair do lugar). Mas longe, muito longe de merecer uma indicação ao prêmio máximo do Oscar.

Se hoje, já é o concorrente que pouca gente lembra, o que esperar do futuro? E pensar que opções não faltavam... “Straight Outta Compton” é muito melhor, e ainda tem relevância com o momento atual americano. Batendo naquela tecla do caso de racismo no Oscar, foi mais fácil para a Academia “apostar” em um grupo de branquinhos de olhos claros que em um elenco negro.

Confira também:

Até domingo, o  blog terá outras postagens especiais em preparação ao prêmio máximo do cinema.

E não perca a cobertura completa do Cinemito, no Twiiter: www.twitter.com/cinemito.

0 comentários:

Cinemito comenta: Grandes atores e atrizes que não ganharam o Oscar

17:26 Unknown 0 Comments



Domingo acontece a cerimônia do Oscar, onde provavelmente vai acontecer algo que muitos esperam há muito tempo: Leonardo DiCaprio vai ganhar. Um ótimo ator que finalmente vai sair vencedor do maior prêmio do cinema. Com isso, fizemos uma lista com grandes atores e atrizes que até hoje nunca ganharam a tão sonhada estatueta. Provavelmente vai faltar gente nessa lista, mas vamos lá:

Jake Gyllenhaal


Ele foi indicado em 2006 por “O Segredo de Brokeback Mountain”, mas perdeu para George Clooney (“Syriana”). Ano passado foi esnobado por “O Abutre”, mesmo tendo concorrido ao Globo de Ouro e vencido o BAFTA, o que deixou muita gente indignada. Neste ano, tentou uma indicação por “Nocaute”, mas novamente não conseguiu.
Jake tem muitos pontos altos na carreira (“Donnie Darko”, “Zodíaco”, “Contra o Tempo”), e o Oscar deve vir algum dia. Pode demorar, mas vai vir.

Amy Adams


Ela já tem cinco indicações ao Oscar, quatro como coadjuvante e uma como atriz principal, e depois da provável vitória do Leonardo DiCaprio domingo, não seria surpresa se começassem a campanha #OscarForAdams, já que foi indicada tantas vezes e nunca ganhou.
Venceu dois Globo de Ouro, em 2014 e 2015, e um SAG com o elenco de “Trapaça”. “Só” falta o Oscar.

Gary Oldman


Batman – O Cavaleiro das Trevas”, “JFK - A Pergunta que Não Quer Calar”, “Harry Potter”, “Sid & Nancy”, “O Quinto Elemento”, “O Profissional”... 
A carreira do Gary Oldman é cheia filmes conhecidos do grande público, e de certa forma seria de se imaginar que ele já teria um Oscar, correto? Mas não. A primeira (e única) indicação só veio em 2012 por “O Espião Que Sabia Demais”. Ao Globo de Ouro, por exemplo, ele nunca foi indicado. E pior: tem uma indicação ao Framboesa de Ouro de “pior dupla” por “A Letra Escarlate”, filme com a Demi Moore. Vai entender...

Viola Davis


Viola tem duas indicações ao Oscar, por “Dúvida”, em 2009, e “Histórias Cruzadas” em 2012 (na minha opinião poderia ter recebido a estatueta por esse).
Venceu o SAG três vezes e vem empilhando prêmios pela série “How to Get Away With Murder”, isso com certeza pode chamar a atenção da Academia. Talento ela tem de sobra. Com o filme certo com certeza o Oscar vem.

Joaquin Phoenix


Esse já merecia ter vencido há tempos. Foi indicado três vezes, por “Gladiador”, “Johnny & June” (pelo qual venceu o Globo de Ouro) e “O Mestre”, além do inexplicável fato de não ter sido indicado por “Ela”.
Joaquin não está sempre nos holofotes e às vezes isso pode acabar lhe prejudicando, sem contar que já falou que o Oscar é uma bobagem, mas mesmo assim foi indicado e compareceu a cerimônia.

Glenn Close


Glenn Close é incrível. Ponto. Mas foi indicada seis vezes ao Oscar, o mesmo número do Leonardo DiCaprio, e nunca levou.
Já venceu Globo de Ouro, SAG e Emmy, a maioria deles pela série “Damages” (se você nunca assistiu, assista, é genial), e agora falta a Academia reconhecer o talento dela.

Ewan McGregor


O ator britânico tem ótimos filmes no currículo (“Peixe Grande” é meu favorito), grandes atuações e NUNCA foi indicado ao Oscar. 
Ao Globo de Ouro foi indicado duas vezes, três ao SAG e até ao Emmy já conseguiu indicação por uma participação na série “Plantão Médico”, em 1997, mas no Oscar, nada. Em 2017 ele vai estar na sequência de “Trainspotting”, então, quem sabe não é dessa vez?

Fernanda Montenegro


Ela não está sempre em Hollywood, o que diminui as chances de indicação, e provavelmente não está nem aí para o Oscar, mas está na lista por que aquela derrota em 1999 foi difícil de engolir.

Até domingo, o  blog terá outras postagens especiais em preparação ao prêmio máximo do cinema.

Para vocês, quais são os maiores casos de atores ignorados pelo Oscar? 

E não perca a cobertura completa do Cinemito, no Twiiter: www.twitter.com/cinemito.




0 comentários:

31 dias. 31 filmes

13:19 Unknown 0 Comments



A cada virada de ano eu faço uma resolução: assistir mais filmes. Dificilmente consigo. E olha que eu sempre projeto um número baixo, tipo 10 por mês. Mesmo assim, não rola. Com a rotina do trabalho, nem sempre é possível parar e esquecer do resto do mundo por duas horas. Mas em janeiro, o jogo virou.

O desafio era o seguinte: assistir 31 filmes durante os 31 dias por mês. E como diria Capitão Nascimento, missão dada, parceiro, é missão cumprida!

Neste mês, rolou de tudo um pouco. Desde os “oscarizáveis”, que vão ser abordados em um post especial antes da premiação, até alguns filmes não tão velhos do Netflix , mas que eu ainda não havia assistido – destaque para “Sem Segurança Nenhuma”, filme de estreia do Colin Trevorrow, que eu achei extremamente sem graça, além de ficar incomodado com a estética de produção para a TV.

Assisti coisas boas, coisas ruins, mas nada se comparou a experiência proporcionada por três títulos: “A Travessia”, “A Visita”, e principalmente, “Eu, Você e a Garota que vai Morrer”. Não significa que são ótimos filmes (no caso dos dois primeiros, são apenas razoáveis), mas nenhum me fez sentir como estes. Explico.

“A Travessia” é um filme intenso, de sensações. E fazer sentir, é uma das melhores coisas que o cinema pode proporcionar. Como história, não tem nada de mais. Quando tenta ser diferente, utilizando a quebra da quarta parede, falha, criando momentos bastante desnecessários. Mas como eu disse, é um longa de sensações, e para isso, tem que assistir da maneira certa. É uma produção que foi feita para o 3D. Teve cena, inclusive, em que eu desviei do que estava vindo, o que nunca tinha acontecido. Então, se você não tem TV 3D, vá na casa de um amigo, mas não perca esta experiência. Aliás, já me arrependo de não ter assistido em IMAX.


Depois do filme, fui obrigado a procurar imagens da própria travessia do Philippe Petit, e é absurdo o que ele fez. Quando der, preciso assistir o documentário “O Equilibrista”, vencedor do Oscar, que conta a história dele, e dizem ser muito melhor como história.

Já “A Visita”, é no mínimo, surpreendente. M. Night Shyamalan (que na minha opinião, não fazia nada que prestasse desde “O Sexto Sentido”) não convence mais ninguém. Suas últimas tentativas para cinema (“Depois da Terra”, com Smith pai e Smith filho) e televisão (a série “Wayward Pines”) foram execradas. Por isso, ninguém deu a mínima para o novo trabalho, o que fez muito bem.

Shyamalan acertou ao apostar e um filme simples, sem aquela mania de se levar a sério. E também acertou ao se juntar a Jason Blum, o mídas do terror atual, responsável por produzir “Atividade Paranormal”, “Sobrenatural” e “Uma Noite de Crime”. O resultado é um trabalho tenso. Poucas vezes fiquei tão aflito na cadeira. Mas que ao mesmo tempo, é divertidíssimo, graças ao ótimo trabalho dos dois protagonistas. Às vezes exagera no sentimentalismo e na zoeira, mas não prejudica o resultado final.

Por fim, o meu favorito da lista. “Eu, Você e a Garota que vai Morrer” (“Me and Earl and the Dying Girl”) é o típico filme indie adolescente, gênero que costuma trazer pequenas pérolas. E é o caso deste. A relação de amizade entre o garoto cínico com o que acontece ao seu redor com a menina que tem câncer é divertida, e principalmente, emocionante. Se eu chorasse com o cinema, estaria em lágrimas até agora. Quando acabou, minha vontade era acordar minha esposa que estava dormindo ao lado e pedir um abraço. Mas estava petrificado, apenas vendo as letrinhas subindo.

Muita gente não deu a mínima para o filme, mas experimente. Vai que ele garante essas sensações para você também!

Entretenimento do bom

"Straight Outta Compton"

Se tem um filme que eu enrolei demais para ver, é “Ex Machina”. A ficção com Oscar Isaac e Domhnall Gleeson ganhou status de cult com razão. É inteligente, é tenso e assustador. Impossível não ficar com medo de onde a tecnologia pode chegar (se é que não chegou em alguma casa tecnológica no meio do nada). E além disso, tem Alicia Vikander roubando todas as cenas!

Outro que eu deveria ter visto antes é “Straight Outta Compton – A Histótia do N.W.A.”. Que pedrada, meu amigo. Forte, cru, empolgante. Mais do que a origem de um grupo de rap, mostra a realidade da rua, da violência policial, e de um movimento que ganhou o mundo, em uma época sem internet ou mimimi. Destaque para as atuações do trio protagonista, principalmente o filho do Ice Cube, que se transforma durante as duas horas e meia de filme.

Bradley Cooper segue com seus papeis água com açúcar em “Pegando Fogo”, mas neste caso, é uma água com açúcar gourmet. Além dele, o elenco conta com nomes como Sienna Miller, Daniel Brühl, Omar Sy, Matthew Rhys, Uma Thurman, Emma Thompson, Lily James e Alicia Vikander (mais uma vez). Duas horas de comidas lindas, ótimo entretenimento e Cooper sendo Cooper. Com o perdão do trocadilho, é um prato cheio!

Um Senhor Estagiário” é aquele típico filme para agradar a patroa. Mas não é que é muito bom? A química entre os personagens de Anne Hathaway e Robert De Niro é fantástica. Aliás, há tempos que eu não via o veterano tão à vontade em cena.

Outra surpresa é “O Presente”, com Jason Bateman e Joel Edgerton (que também escreve e dirige). No início, parece o típico suspense familiar do “Supercine”, mas logo mostra que o buraco é bem mais embaixo. Em alguns momentos, tem até um quê de “Oldboy”. As reviravoltas agradam e o desfecho surpreende. E tem no Netflix!

Os nacionais e as animações

"O Bom Dinossauro"

Quando “Que Horas Ela Volta” não foi indicado ao Oscar, a comoção foi grande. Mas após assistir, me veio o seguinte pensamento: não é possível que isso seja o melhor que temos. Vamos lá, Regina Casé está bem, muito bem, mas o filme fica nisso. Não entendo todo o Carnaval que se faz por ele, já que é raso em todos os assuntos levantados. Traz uma realidade além da dobradinha Nordeste/favela, mas não se aprofunda em nada.

Com a tentativa frustrada, fui atrás da indicação de que “Ponte Aérea” é uma das melhores produções nacionais dos últimos tempos. Não, não é. As situações abusam dos clichês paulistas x cariocas, as atuações são fracas (como assim a Letícia Colin ganhou algum prêmio por isso?) e o personagem do Caio Blat é um dos mais irritantes que já ganharam as telas.  Da mesma diretora, tive uma sensação muito melhor ao assistir “Meu Passado me Condena 2”. Este, pelo menos, apesar dos defeitos, te faz torcer pelos personagens, além de não se levar a sério.

Já entre as animações, precisei tirar a prova do questionado “O Bom Dinossauro”. Tudo bem, pode não ter aquele padrão Pixar, mas é superior a grande maioria dos títulos infantis. E é esse o público alvo, as crianças. Eu seria muito cínico se criticasse um filme que cumpre tão bem o que propõe. Bebe da fonte de clássicos como “O Rei Leão” e deixa boas lições. Se fosse pai, ficaria feliz de levar um filho ao cinema para assistir. Ah, e tem o cenário mais bonito que o CG já criou.

Já “Snoopy e Charlie Brown” acerta na mosca ao respeitar os fãs antigos, seja pelas piadas ou mantendo o visual clássico, e conquistar novos. Todos os elementos clássicos dos personagens estão lá. E é outro filme que passa ótimas lições, como lealdade, coragem e honestidade. A única parte que deixa a desejar são os esquetes do Snoopy, fracos para um personagem tão carismático.

Nem só de filme bom é feita a vida

"Sicario - Terra de Ninguém"

No meio de tantas boas histórias, tive o azar de pegar filmes difíceis de engolir, como “Irmãos Desastre” (“The Skeleton Twins”), com a Kristen Wiig e o Bill Hader. Ótimos atores interpretando personagens tenebrosos, sem carisma algum. Os minutos se arrastavam e eles só pioravam. E pensar que ganhou o prêmio de melhor roteiro em Sundance.

Outros filmes complicados foram “O Final da Turnê”, com Jason Segel e Jesse Eisenberg, e “Aprendendo com a Vovó”, título tenebroso estilo Sessão da Tarde que deram para “Grandma”, com a Lily Tomlin. O primeiro tem um ou outro bom diálogo, mas é só. Pouco demais para uma produção que vive apenas disso. O segundo, um road movie que não vai para a estrada, tem menos de 1h20min e ainda assim consegue ser maçante.

Outros que não servem para ruins, mas que são decepcionantes, são “Nocaute” e “Sicário - Terra de Ninguém”. Ambos contam com grandes atuações, mas com histórias aquém do esperado.

“Nocaute” parece ter sido feito para que Jake Gyllenhaal ganhasse um Oscar. Mas passou longe. A história exagera nos clichês (tanto que o nome do cara é hope...) e os personagens pecam no carisma. Você até torce pelo protagonista, mas não tanto quanto deveria. E em um ano com “Creed”, a comparação é inevitável. Melhor sorte ao Jake em 2016.

Já “Sicario” é impecável na parte técnica. A direção de Denis Villeneuve e a fotografia de Roger Deakins (de “Skyfall”) é irrepreensível. Até começa bem, acerta ao deixa o espectador no escuro, enxergando pelos olhos da protagonista. Deixa mensagens, já que mais do que narcotráfico, é uma história de política, de vingança, sobre convicções e fica a pergunta se os fins justificam os meios. Pena ter uma história arrastada e que não empolga. Não é ruim. Mas poderia ser muito melhor.

0 comentários: